Facebook oferece US$ 10 milhões para quem criar detector de deepfake

Empresa já destinou valor para competição que visa premiar pessoa ou grupo que conseguir desenvolver forma eficaz de identificar vídeos modificados
Equipe de Criação Olhar Digital06/09/2019 14h07

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Como forma de combater a disseminação de vídeos falsos feitos com uso de deepfake, o Facebook vai oferecer um prêmio de US$ 10 milhões para a pessoa ou grupo que criar uma maneira eficaz de detectar esses vídeos modificados.

Para isso foi criada uma competição, que recebeu o nome de Deepfake Detection Challenge, e é resultado de uma parceria entre o Facebook, Microsoft, Partnership on AI e diversas universidades dos Estados Unidos, como MIT e Oxford.

“O objetivo do desafio é produzir uma tecnologia que todos possam usar para detectar melhor quando Inteligência Artificial for usada para alterar um vídeo a fim de enganar o espectador”, escrever Mike Schroepfer, diretor de tecnologia da divisão de Inteligência Artificial do Facebook, em uma postagem no blog oficial da empresa.

Para o desafio, a rede social usará um conjunto de vídeos de pessoas que foram pagas para fornecer sua imagem, ou seja, nenhum dado de usuário do Facebook fará parte do programa. A empresa vai deixar à disposição dos participantes um banco de dados com vídeos modificados e verdadeiros para que os pesquisadores possam treinar as ferramentas criadas para identificar quando um vídeo sofreu alteração.

Reprodução

Para incentivar a participação, haverá colaborações e prêmios de pesquisa como recompensa pelo esforço. O Facebook já dedicou US$ 10 milhões (aproximadamente R$ 40 milhões) ao projeto.

“O total de US$ 10 milhões está sendo concedido na forma de bolsas de estudo, prêmios por desafio cumprido e construção de conjunto de dados. Continuaremos a investir para promover o desenvolvimento do conjunto de dados ao longo do tempo e apoiar a comunidade de pesquisa”, disse um porta-voz do Facebook ao site Digital Trends.

Especialistas acreditam que esse programa é essencial para combater essa prática que está se tornando cada vez mais comum nas redes sociais. “A tecnologia para manipular imagens está avançando mais rápido do que nossa capacidade de distinguir o que é real do que foi falsificado. Um problema tão grande como esse não será resolvido por uma única pessoa”, disse Phillip Isola, professor de engenharia elétrica e ciência da computação do Instituto de Tecnologia de Massachusetts.

O Deepfake Detection Challenge começará em outubro e vai ocorrer até maio de 2020 em todo o mundo.

Via: Digital Trends