Os Estados Unidos não pretendem perder nenhum segundo após a aprovação de uma vacina de Covid-19. Apesar de nenhuma fórmula em testes ter se mostrado segura e eficaz contra o coronavírus, o governo já está se organizando para começar a distribuição apenas 24 horas após a aprovação do primeiro composto no país.

Como relata o Wall Street Journal, as autoridades de saúde do país se preparam para, quando a Administração de Drogas e Alimentos (FDA), órgão equivalente à brasilieira Anvisa, der o aval para a primeira vacina, a distribuição será quase imediata. Para isso, as fabricantes já começam a produzir doses mesmo antes da comprovação e registro.

A ideia é cuidar de toda a parte logística para que tudo esteja o mais preparado possível quando e se uma vacina for comprovadamente eficaz. Isso inclui, por exemplo, a criação de um banco de dados que permitirá acompanhar quem já se vacinou, especialmente para garantir que essa pessoa receba uma segunda aplicação se necessário, mesmo se ela estiver em outro estado em relação à primeira dose.

Os estados também foram alertados para começarem a se preparar para a vacinação e se organizem para três cenários distintos. Como cita o WSJ, esses cenários se referem à aprovação apenas da vacina desenvolvida pela Moderna, apenas da pesquisa da Pfizer ou então a aprovação de ambas ao mesmo tempo. Cada fabricante, que não foram diretamente nomeadas, terá seu ritmo de produção, e não haverá doses para todos imediatamente.

Os Estados Unidos têm apostado pesado no desenvolvimento de vacinas como forma de solucionar a crise da Covid-19, e não tem poupado investimento para isso. O governo lançou a operação “Warp Speed”, que injetou bilhões de dólares em pesquisas de empresas farmacêuticas, com o objetivo de alcançar resultados em tempo recorde.

Se tudo ocorrer como esperado, o governo espera que seja possível começar a distribuir doses a partir do fim de outubro. No entanto, não existe garantia de que essas vacinas se provem seguras e eficazes até lá, já que a fase 3 de testes está fora do controle dos cientistas, e depende da capacidade do corpo dos voluntários em produzir a resposta imune esperada e também de que os participantes dos testes se exponham ao vírus, o que não pode ser feito propositalmente.