Celulares como o iPhone X e o Galaxy Note 8 trouxeram uma série de inovações interessantes ao mercado de smartphones em 2017, mas uma novidade nada boa que eles trouxeram foram preços extremamente altos. De acordo com a empresa de pesquisa de mercado GfK, o mercado de celulares viu um aumento recorde de preços médios dos dispositivos entre o quarto semestre de 2017 e o de 2016.

Segundo a empresa, o mercado global de smartphones movimentou cerca de 397 milhões de aparelhos nos últimos três meses de 2017. Esse número representa um aumento de 1% com relação ao mesmo período do ano anterior. O preço médio dos aparelhos vendidos, no entanto, aumentou 11% para US$ 363 (aproximadamente R$ 1.140).

Foi o crescimento mais rápido de preços de celulares ano-a-ano que o mercado já viu. De acordo com Arndt Polifke, o diretor de pesquisas de telecomunicações da GfK, esse número “é um crescimento excepcional para uma categoria de tecnologia tão madura”. Segundo ele, o aumento foi motivado pela “proliferação de smartphones com displays maiores e sem bordas, que incentivaram os consumidores a comprar dispositivos mais caros”.

Ano de guinada

De fato, como o BGR aponta, 2017 foi um ano de guinada para os preços de celulares top de linha. Os aparelhos de ponta costumavam custar entre US$ 600 e US$ 700, um valor que foi aumentando aos poucos com os anos por causa de inflação. No entanto, no ano passado foram lançados o iPhone X, cujo preço começava em US$ 1.000, e o Galaxy Note 8, que saía por US$ 930.

Esses aparelhos criaram uma espécie de nova categoria de celulares ultra-premium. Outro efeito disso foi que mesmo os tops de linha mais modestos acabaram saindo mais caros para o mercado – o Google Pixel 2 XL, por exemplo, foi lançado pelo preço de US$ 850. E, no Brasil, o efeito pode ser sentido de maneira ainda mais dramática – por aqui, o iPhone X chegou custando R$ 7.000, o que fez dele o iPhone X mais caro do mundo.