A Agência Espacial Europeia (ESA) acaba de lançar uma gravação das frequências geradas pela interação de partículas emitidas por uma tempestade solar com o campo magnético da Terra. E ela soa como uma curiosa mistura de uma ventania com o chamado de bebês crocodilo.
A gravação foi feita pelos quatro satélites da missão Cluster, que são posicionados dentro da magnetosfera, região do espaço afetada pelo campo magnético de nosso planeta. Ela foi feita combinando dados obtidos durante seis tempestades solares observadas entre 2001 e 2005.
O campo magnético da Terra é nossa principal linha de defesa contra partículas eletricamente carregadas emitidas pelo sol, que poderiam danificar instrumentos em órbita e em solo e até mesmo desabilitar a rede de energia de um país. O sol passa frequentemente por períodos de maior atividade, as “tempestades solares”, onde a emissão de partículas aumenta enormemente.
Em 1859 uma grande tempestade solar conhecida como Evento Carrington queimou linhas de telégrafo nos EUA. O objetivo de missões como a Cluster é monitorar a atividade solar, o que pode tornar possível entender como e porque as tempestades correm e prevê-las com antecedência.
Fonte: Technology Review