Aptoide: o que é a loja de apps alternativa (e polêmica) ao Google Play

Loja alternativa ao Google Play permite a instalação de apps diferentes dos normais. Entenda como funciona e quais são os riscos de usá-la
Renato Santino15/09/2017 21h08, atualizada em 15/09/2017 21h15

20170915181112

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Nem só de Google Play vive o Android. Existem centenas de opções para quem deseja fugir do quintal do Google e se aventurar em outras lojas de aplicativos, aproveitando a abertura que o sistema operacional proporciona. Dentre as opções, uma delas chama a atenção pelo funcionamento peculiar.

O Aptoide é uma loja que permite baixar apps do mesmo modo que a Play Store. Disponível como um aplicativo que pode ser baixado no celular a partir do seu navegador, ele conta com centenas de milhares de aplicativos (segundo a página inicial, são mais de 700 mil), com mais de 4 bilhões de downloads. Esses apps podem ser baixados e instalados diretamente no celular sem passar pelo filtro do Google e muitas vezes driblando a segurança do Android.

A vantagem do uso de lojas alternativas é que você pode ter acesso a aplicativos que não estão disponíveis na Play Store por um motivo ou por outro. Seja porque aquele app não está disponível no Brasil, ou porque ele não foi lançado oficialmente para o seu celular, ou porque ele tem acesso a recursos restritos que o Google não quer que seja  utilizados por terceiros.

De um modo simples, o Aptoide funciona graças à sua comunidade. Por meio dela, qualquer usuário pode publicar APKs de aplicativos, que podem ser extraídos de seus próprios celulares. Desta forma, a loja também se notabiliza pela quantidade de conteúdo pirata publicado pelos usuários e também pelo material fraudulento com o intuito de enganar usuários para infectar celulares.

-> Google Play Store: tudo sobre a loja de aplicativos do Android
-> Como resolver os principais erros da Play Store

A loja, no entanto, afirma ter filtros para fazer a varredura do que é publicado na plataforma, de forma a evitar o espalhamento de aplicativos maliciosos que infectem os usuários. O sistema de comentários também vem a calhar para identificar se um aplicativo é cilada ou não. Segundo o Aptoide, há um sistema de seis etapas entre o envio e a publicação de um app que envolve:

  1. o upload do app;

  2. um período de espera;

  3. a análise por seis antivírus;

  4. a validação de assinatura em comparação com outra loja;

  5. a filtragem e classificação por meio do “motor anti-malware”;

  6. a publicação do app para download.

Em relação à pirataria, por ser uma loja mantida com conteúdo publicado pelos usuários, os responsáveis se defendem afirmando que não podem controlar o que as pessoas publicam, mas que estão de acordo com o DMCA. Em entrevista ao site Mobile Time, o diretor de operações Álvaro Pinto diz que, se algum desenvolvedor se sentir lesado pela publicação de algum app no Aptoide, basta contatar a loja para que a remoção seja executada.

Isso não significa que todo o conteúdo do Aptoide seja irregular. A loja abre espaço para aplicativos que não seriam publicados no Google Play por ferir os termos da plataforma. Além disso, a loja permite driblar restrições de bloqueio geográfico para aplicativos, embora o APKMirror seja uma plataforma melhor para esse tipo de uso.

Mas o que o Google pensa sobre isso? A empresa abre espaço para a possibilidade de instalação de lojas de terceiros e downloads de fontes desconhecidas, mas não recomenda a prática.

“O Google recomenda que os donos de celulares Android só façam downloads de apps pelo Google Play. Antes de aparecerem no Google Play, todos os apps Android passam por testes de segurança rigorosos. Nós verificamos todos os desenvolvedores de apps no Google Play e suspendemos aqueles que violam nossas políticas. Então, mesmo antes de fazer o download de um app, você sabe que ele foi verificado e aprovado”, afirma a companhia.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital