A maioria dos brasileiros foi obrigada a deixar suas casas no domingo (15) para participar do pleito municipal 2020, isto porque é preciso se deslocar até uma urna para validar o voto. Mas e se isso pudesse ser feito diretamente de smartphones ou computadores?

Esta é a proposta para as eleições de 2022 no país. Durante este primeiro turno, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, conheceu algumas das tecnologias que poderão ser aplicadas já na próxima disputa.

O ministro e o vice-presidente do TSE, ministro Edson Fachin, conheceram o trabalho de quatro empresas que podem oferecer a votação online em breve. As apresentações foram realizadas em Valparaíso, em Goiás, e incluíram aplicativos com reconhecimento facial e um site com criptografia de ponta a ponta.

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Intenção do TSE é começar a implementar votação online no pleito de 2022. Créditos: TarikVision/Shutterstock

Ao todo, 26 negócios realizaram demonstrações deste tipo também em São Paulo e Curitiba. Cabe destacar que alguns dos sistemas apresentados já são utilizados como ferramentas em eleições de algumas instituições, como por exemplo, sindicatos.

“Eu não posso prejulgar, porque nós vamos ter que em algum momento fazer escolhas. Mas fiquei muito bem impressionado com as potencialidades do sistema de eleição digital”, afirmou o presidente do TSE, que ainda destacou que será preciso avaliar todas a possibilidades no futuro.

Redução de custos

Além de trazer praticidade ao eleitor brasileiro, o objetivo de uma votação digital seria a diminuição de custos, isto porque de acordo com Barroso, apesar de as urnas eletrônicas serem seguras, a substituição destes equipamentos demanda valores elevados. Este aspecto leva a um processo de compra complicado e longo.

Por isso, em setembro deste ano, o TSE lançou o projeto Eleições no Futuro, que estudará novas formas de promover as votações no Brasil. Segundo o presidente do órgão, a intenção é analisar as propostas de 31 empresas que se cadastraram no chamamento público lançado pelo TSE e implementar, de forma gradativa, o sistema digital até 2022.

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De acordo com Barroso, custo com as urnas é elevado. Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil

“Nós convocamos empresas de tecnologia a apresentarem soluções tecnológicas para que a votação possa ser feita pelo próprio dispositivo do eleitor, seja seu telefone celular, seja seu tablet ou eventualmente seu computador”, explicou Barroso. “O objetivo, portanto, é esse: baratear o custo da eleição digital brasileira e evitar as complexidades que a cada dois anos nós temos com procedimentos de licitação”, acrescentou.

Vale ressaltar que para ter a tecnologia escolhida, as empresas deverão comprovar sigilo do voto, eficiência e segurança no sistema.

Via: Extra