Elon Musk diz que sugestões para mudar nome do Autopilot são idiotas

CEO da Tesla rebateu críticas sobre o nome dado ao software de seus carros autônomos por não ser um piloto 100% automático; segundo ele, quem usa o sistema pela primeira vez é extremamente paranoico
Fabiana Rolfini04/08/2020 13h42, atualizada em 04/08/2020 13h53

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O software Autopilot da Tesla tem sido criticado frequentemente por não ser um piloto 100% automático (como sugere o nome), além de ser associado à vários acidentes fatais. No entanto, o criador do sistema, Elon Musk, defende sua denominação com unhas e dentes.

Em entrevista ao jornal Automotive News, Musk decidiu rebater as críticas sobre o Autopilot e chegou a afirmar que as sugestões de que uma mudança de nome do software melhoraria sua segurança são “idiotas”.

“Absolutamente não; isso é ridículo”, disse o CEO da montadora. “Não é como um novato que acabou de pegar o carro e, com base no nome, pensou que confiaria instantaneamente no carro para dirigir sozinho”, comentou. “Essa é a premissa idiota de ficar chateado com o nome do piloto automático. Idiota”.

O comentário durante a entrevista refere-se à decisão de um juiz alemão de que a publicidade do Autopilot feita pela Tesla é enganosa, o que proibiu a empresa de exibir os anúncios. Segundo o tribunal, a marca norte-americana enganou os clientes em relação às capacidades de seu sistema de direção semiautônomo.

“As pessoas que usam o Autopilot pela primeira vez são extremamente paranóicas. Se algo der errado com o Autopilot, é porque alguém está fazendo mau uso e usando-o diretamente ao contrário do que dissemos que deveria ser usado”, afirmou Musk.

Autopilot testado por 2 mil km

Para testar os limites do software da Tesla, o youtuber Ryan Trahan, de 21 anos, e um grupo de amigos decidiu fazer uma viagem de Austin, no Texas, a Chicago, em Illinois, usando apenas o Autopilot. Uma jornada de quase 2 mil quilômetros, que ocorreu sem problemas e foi documentada em um vídeo no YouTube.

Fora a necessidade de tocar o volante a cada 10 segundos, recurso usado pelo carro para se certificar de que o motorista não está dormindo, Ryan praticamente não teve de interagir com o veículo. Ao planejar a rota, o computador de bordo do carro considerou até os pontos onde seria necessário parar para recarregar as baterias, o que segundo o jovem acontecia mais ou menos a cada 320 km.

Mas nem tudo foram flores. O youtuber afirma que a localização dos SuperChargers, geralmente de 8 a 16 km longe das rodovias, é “frustrante”, porque adicionou um tempo considerável à viagem. Apesar do sucesso do experimento, é uma jornada que ele não pretende repetir.

Via: Business Insider

Fabiana Rolfini é editor(a) no Olhar Digital