Um tribunal na Alemanha proibiu a Tesla de usar o termo “Autopilot” para se referir ao assistente de direção em suas publicidades por criar “uma falsa impressão de que o carro pode dirigir sozinho”. O caso foi apresentado à corte pelo Wettbewerbszentrale, um órgão alemão patrocinado pela indústria automobilística encarregado de policiar práticas anticompetitivas. A Tesla ainda pode recorrer da decisão.

O CEO da empresa, Elon Musk, como esperado, não ficou nem um pouco satisfeito. “O Autopilot da Tesla foi literalmente tirado de um termo usado na aviação. Além disso, o que dizer da Autobahn!?”, escreveu no Twitter, citando o sistema rodoviário federal da Alemanha, o Bundesautobahn.

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Assim como a tecnologia de piloto automático da aviação, que permite que um avião voe autonomamente sob a supervisão do piloto, o Autopilot da Tesla não é 100% autônomo. Para o tribunal alemão, expressões como “todo o potencial para direção autônoma” e “Autopilot incluso” representavam práticas comerciais enganosas, acrescentando que o comprador médio poderia ter a impressão de que o carro poderia dirigir sem intervenção humana.

Além disso, veículos autônomos não foram liberados para circular nas estradas alemãs. Acredita-se que a decisão seria ainda uma amostra da resistência que a Tesla pode sofrer na Alemanha, uma vez que a empresa está construindo uma fábrica em Berlim para aumentar sua presença no mercado europeu.

A crítica sobre a verdadeira capacidade do Auutopilot, porém, não está restrita ao Velho Continente. Nos Estados Unidos, autoridades já acusaram Musk de exagerar na descrição do Autopilot e não fazer o suficiente para alertar os motoristas da Tesla sobre as limitações do software.

Via: Reuters/New York Times