Egito encontra 59 sarcófagos e estátua de deus incomum

Número aumenta a cada expedição feita na região de Saqqara; itens datam da 26ª dinastia, entre 688 a.C e 525 a.C
Redação06/10/2020 15h36, atualizada em 06/10/2020 16h18

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Em setembro, o Ministério de Antiguidades do Egito anunciou a descoberta de um sarcófago na região de Saqqara. Agora, esse número subiu para incríveis 59 caixões lacrados e preservados e, segundo o ministério, ainda há mais por vir. Os itens datam da 26ª dinastia do Egito, que durou entre 688 a.C e 525 a.C.

Os sarcófagos foram encontrados empilhados dentro e perto de poços funerários. As múmias ainda estão preservadas e os hieroglíficos indicam que se trata de sacerdotes. Ao lado dos caixões, restos de 28 pequenas estátuas foram encontrados. Uma delas é feita de bronze e tem cerca de 35 centímetros de altura. Ela é uma representação do deus Nefertem, que é mostrado com um cocar em forma de flor de lótus. O acessório é feito de pedra ágata vermelha, turquesa e lápis-lazúli.

Outra estátua encontrada retrata o deus Ptah-Soker, um amálgama dos deuses Ptah e Soker. Esta foi a primeira do tipo a ser encontrada. “Saqqara era chamado de Saqqara por causa do deus Soker. No período tardio, havia uma combinação do deus Ptah de Memphis com Soker”, explicou Zahi Hawass, ex-ministro de antiguidades. Além dessas, diversas estatuetas de shbti foram encontradas. Os povos antigos da região acreditavam que ela ajudaria na vida após a morte.

ReproduçãoMinistério de Antiguidades já encontrou 59 sarcófagos e deve achar mais. Foto: Ministério de Antiguidades do Egito

As pesquisas em Saqqara estão sendo conduzidas por uma equipe liderada por Mustafa Waziri, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito. O trabalho está em andamento e mais sarcófagos e artefatos devem ser descobertos e divulgados em breve.

Nova técnica revela interior de múmias

Os primeiros pesquisadores “modernos” especializados no Egito Antigo, no século 19, tinham por costume desenrolar as múmias e realizar autópsias nos cadáveres, mortos há milhares de anos. Além de profundamente desrespeitoso com a cultura local, o método destruía um artefato arqueológico inestimável. Por isso, cientistas atuais preferem o uso de tecnologias menos invasivas, como ressonâncias magnéticas ou raios-X, para examinar o interior dos corpos mumificados.

Esse foi o caso de três animais mumificados, desembrulhados e dissecados digitalmente por pesquisadores da Universidade de Leicester e da Universidade de Swansea. Usando varreduras 3D de alta resolução, os cientistas obtiveram detalhes sem precedentes sobre a dieta, morte e até a deificação dos animais há mais de dois mil anos. O artigo da pesquisa foi publicado na revista Scientific Reports.

Via: Live Science

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital