Em documentação fiscal enviada à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla inglês), a Disney confirmou que pretende demitir até 32 mil funcionários da folha de pagamento até o fim do primeiro semestre de 2021. A estimativa mostra um crescimento em relação a previsão anterior feita pela própria empresa, que afirmou em setembro que o corte seria de “apenas” 27 mil pessoas.
A medida vai impactar, em sua maior parte, a divisão de parques temáticos Disneylândia. Citando a pandemia de Covid-19 como um dos principais fatores, a empresa ressaltou que essa parte de seus negócios levou um golpe duro em 2020. Ainda que o Disney World Florida já tenha sido reaberto com diversas restrições sanitárias, o parque da empresa na Califórnia segue fechado, bem como algumas edições internacionais.
Parques temáticos da Disney sofreram um impacto negativo devido à pandemia, forçando a empresa a confirmar 32 mil demissões até julho de 2021. Foto: Hugo Martin/Los Angeles Times
Pausa em produções
Outro fator diretamente ligado à pandemia que trouxe impacto negativo à Disney foi o adiamento de diversas produções cinematográficas de primeira linha em seu catálogo. O filme “Viúva Negra”, que segue a continuidade da série de longa-metragens da Marvel, por exemplo, deveria estrear nas telonas em maio de 2020, mas foi adiado duas vezes em função da atual pandemia, forçando um remanejamento para maio de 2021.
Embora ela tenha obtido relativo sucesso com a estreia de “Mulan” na plataforma de assinatura Disney+ (e o subsequente lançamento desta plataforma em outros mercados, como o Brasil), a empresa menciona relatórios anteriores, especialmente um de agosto, onde afirmou um prejuízo trimestral de US$ 4,72 bilhões, seguido por outra queda, de US$ 710 milhões no trimestre seguinte.
O relatório enviado à SEC também ressalta alguns planos que prometem, segundo a empresa, reverter o quadro: o serviço de streaming Disney+ ampliou sua base de assinantes graças ao seu lançamento em outros mercados e, até outubro, ela somou 73,7 milhões de usuários pagantes. A Disney ainda pretende lançar mais uma plataforma de streaming, assinada pela sua marca secundária Star.
Fonte: Variety