Dinossauro carnívoro ‘nascido do fogo’ é descoberto no Ceará

Aratasaurus museunacionali foi encontrado em 2008 e viveu entre 115 e 110 milhões de anos atrás
Redação13/07/2020 13h02, atualizada em 13/07/2020 13h25

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Na última sexta feira (10), pesquisadores da Universidade Regional do Cariri (Urca), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e do Museu Nacional apresentaram detalhes de uma nova espécie de dinossauro encontrada na bacia sedimentar do Araripe, no sul do Ceará. O Aratasaurus museunacionali, como foi nomeado, teve seu fóssil descoberto em 2008.

Seu nome foi dado em homenagem ao Museu Nacional, no Rio de Janeiro, e significa “nascido do fogo”. Em setembro de 2018, o museu sofreu com um grande incêndio que destruiu grande parte do seu acervo. O fóssil, porém, estava em uma área não atingida e permaneceu intacto.

ReproduçãoReprodução do visual do Aratasaurus museunacionali. Foto: Reprodução

Segundo as pesquisas, o dinossauro, um predador carnívoro, viveu entre 115 e 110 milhões de anos atrás, durante o período Cretáceo. Isso o torna o mais antigo já descoberto no Ceará, mas ainda longe dos 230 milhões de anos do Gnathovorax cabreirai, descoberto no Rio Grande do Sul e um dos mais antigos do mundo.

O fóssil foi encontrado em 2008 na Mina Pedra Branca, em Santana do Cariri. Na época, acreditavam se tratar de um pterossauro, afirmou Álamo Saraiva Feitosa, paleontólogo da Urca. A partir de análises microscópicas, porém, foram identificadas algumas características do novo dinossauro. Pela dimensão da pata, chegou-se à conclusão de que o animal possuía porte médio, chegando a 3,12 metros e 34,25 quilos.

ReproduçãoPata do Aratasaurus museunacionali. Foto: Reprodução

Os pesquisadores acreditam que, por viver em um ambiente mais árido, a espécie enfrentou dificuldades. “Isso se sabe porque encontramos fragmentos de material lenhoso, escuro, bem parecido com carvão na mesma camada. Isso indica que havia condições de acontecer paleoincêndios vegetacionais”, destacou a paleontóloga Flaviana de Lima.

Dinossauro ancestral cabe na mão

Cientistas americanos fizeram uma descoberta capaz de mudar totalmente a nossa concepção sobre os dinossauros. Ao analisar os ossos da espécie Kongonaphon kely, que significa “pequeno matador de insetos”, eles confirmaram que o ancestral poderia caber na palma da mão, por ter o tamanho de uma xícara de café.

O pequeno dinossauro, que viveu em Madagascar, na África, há aproximadamente 237 milhões de anos durante o período Triássico, tinha apenas 10 centímetros de altura. Os cientistas dizem que K. kely pertencia ao antigo grupo Ornithodira: o último ancestral comum de todos os dinossauros e pterossauros.

Via: G1

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital