Covid-19: suecos param o uso da cloroquina após efeitos colaterais

Cãibras, perda de visão periférica e dores de cabeça foram alguns dos sintomas que afetaram pacientes em tratamento
Redação06/04/2020 20h14, atualizada em 06/04/2020 20h50

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Hospitais na região sueca de Västra Götaland pararam de administrar o medicamento antimalárico cloroquina aos pacientes com coronavírus após relatos de efeitos colaterais adversos. Cãibras e perda de visão periférica são os principais sintomas.

“Houve relatos de suspeitos de efeitos colaterais mais sérios do que pensávamos”, disse Magnus Gisslén, professor e médico chefe da clínica de infecção do Hospital Universitário Sahlgrenska, segundo maior na Suécia. “Não podemos descartar efeitos colaterais sérios, especialmente no coração, e é um medicamento de dosagem pesada. Além disso, não temos fortes evidências de que a cloroquina tenha efeito sobre a Covid-19”, completou.

“Houve relatos de suspeitos de efeitos colaterais mais sérios do que pensávamos”, disse Magnus Gisslén, professor e médico chefe da clínica de infecção do Hospital Universitário Sahlgrenska, na Suécia. “Não podemos descartar efeitos colaterais sérios, especialmente no coração, e é um medicamento de dosagem pesada. Além disso, não temos fortes evidências de que a cloroquina tenha efeito sobre a Covid-19”, completou.

Na contramão do país escandinavo, o presidente estadunidense Donald Trump elogiou o uso da hidroxicloroquina, uma variação da cloroquina também antimalárica, alegando resultados promissores. A Food and Drug Administration (FDA), agência federal dos Estados Unidos que protege a saúde pública do país, aprovou o uso do medicamento em casos confirmados de coronavírus.

Na França, descobriu-se que tanto a cloroquina quanto a hidroxicloroquina são, de fato, capazes de reduzir a carga viral de pacientes com a Covid-19. Contudo, um artigo científico mostrou que não há evidências suficientes para que ambos os medicamentos sejam liberados para o combate ao coronavírus.

O imunologista estadunidense Anthony Fauci declarou que “os dados são realmente apenas sugestivos”. “Houve casos que mostram que pode haver um efeito e há outros que mostram que não há efeito. Então, em termos de ciência, acho que não poderíamos dizer definitivamente que funciona”, acrescentou.

Ainda é muito cedo para saber se tais medicamentos antimaláricos são suficientemente eficazes para tratar a Covid-19. Opiniões divergem em todo o mundo, enquanto testes clínicos tentam encontrar a solução para travar a pandemia.

Via: Newsweek

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital