Claro diz que não vai cobrar a mais por uso da rede 5G

Basta que o usuário tenha um dispositivo compatível com a rede fornecida; preço do plano do usuário será mantido, segundo a empresa
Luiz Nogueira08/07/2020 18h43, atualizada em 08/07/2020 19h05

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Nesta quarta-feira (8), a Claro mostrou ao público a velocidade que a conexão 5G DSS pode atingir. Em testes com jogos online e transmissão de conteúdo, a empresa fez com que fosse perceptível o upgrade – mesmo ainda não se tratando da rede de quinta geração implementada no mundo.

No entanto, a utilização de um serviço que pode atingir até 416,6 Mbps de velocidade pode despertar a ideia de que a operadora poderia cobrar algum valor a mais para ter acesso à conexão. Felizmente, de acordo com a Claro, todos os usuários que possuírem um smartphone compatível com a tecnologia 5G DSS podem aproveitar a novidade sem qualquer custo adicional.

Obviamente, como era de se esperar, a única exigência é possuir um chip da operadora habilitado e estar em um local com cobertura da nova tecnologia. Porém, por enquanto, o único aparelho lançado oficialmente por aqui, e que tem suporte à tecnologia, é o Motorola Edge.

De qualquer forma, isso não impede que dispositivos trazidos de fora do país possam usufruir da velocidade – que é 12 vezes maior do que as oferecidas pelas redes 4G disponíveis atualmente.

Para quem ainda não possui o aparelho compatível com a tecnologia, mas planeja adquiri-lo, a Claro recomenda o plano Pós de 50 GB, com valor mensal de R$ 295,89. O usuário que assiná-lo tem direito a comprar o Motorola Edge com desconto e parcelado. O valor do aparelho, R$3.229, pode ser dividido em 12 vezes de R$ 269,08 – o preço sugerido do smartphone é de R$ 5.499.

Área de cobertura

Apesar da implementação da rede 5G DSS, não são todos os locais que terão cobertura. Em um primeiro momento, alguns locais de São Paulo e Rio de Janeiro vão receber suporte à conexão.

Reprodução

Cobertura deve ser expandida de maneira gradual. Foto: Reprodução

Em São Paulo, a cobertura da tecnologia estará disponível na região da Avenida Paulista e Jardins. Algumas semanas depois, a ideia é estender a disponibilização para outras regiões com maior demanda de tráfego, como Campo Belo, Vila Madalena, Pinheiros, Itaim, Moema, Brooklin, Vila Olímpia, Cerqueira César, Paraíso, Ibirapuera, região da Avenida Berrini e Santo Amaro.

No Rio de Janeiro, os primeiros pontos de cobertura estarão em Ipanema, Leblon e Lagoa. Como projeto de implementação futura, devem receber a conexão toda a orla, do Leme até a Barra da Tijuca, passando pelo Jardim Oceânico, Joá, São Conrado e Copacabana.

De acordo com a Claro, os locais para a primeira implementação foram escolhidos de acordo com as demandas atuais de tráfego, presença de infraestrutura modernizada – utilizada para a chegada do 4.5G -, além da maior incidência de smartphones de última geração.

Velocidade atingida

Em uma prévia, a empresa destacou a evolução das velocidades fornecidas pelas conexões. O 4G, por exemplo, oferece conexão que chega a 21,1 Mbps. No caso do 4.5G – em atual operação pela maioria das operadoras do país – a velocidade é de até 210,6 Mbps.

A novidade da Claro, o 5G DSS, oferece até 12 vezes mais velocidade se comparado ao 4G. A conexão chega a 416,6 Mbps, uma clara evolução em relação ao que é oferecido até então. No futuro, com a implementação do 5G convencional, as velocidades disponibilizadas podem ser de até 1.278,6 Mbps.

5G DSS

Vale lembrar que a novidade da Claro ainda não é o 5G já conhecido, ativado em alguns países. Entenda como o 5G DSS funciona.

Assim como o 4,5G (ou LTE Advanced) foi uma evolução natural do 4G e já é ofertado por quase todas as operadoras nacionais, a adoção da tecnologia DSS anunciada pela Claro também pode ser encarada como mais um degrau na evolução das redes de telecomunicações móveis rumo ao 5G. Apesar do nome da oferta, a diferença está na sigla “DSS”, de Dynamic Spectrum Sharing (ou, em tradução livre Compartilhamento Dinâmico de Espectro).

O que a tecnologia (DSS) faz é redistribuir as faixas de frequências já disponíveis e utilizadas na rede 4G. Assim, as operadoras não precisam necessariamente esperar o licenciamento do 5G no país para começar a dar os primeiros passos nesta direção. Nos Estados Unidos, por exemplo, AT&T e Verizon também utilizam o compartilhamento de espectro em suas redes 5G.

O mais interessante é que o 5G através do compartilhamento dinâmico de espectro, o DSS, promete uma experiência muito superior ao usuário se comparado ao atual 4G disponível no país.

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital