Cientistas revelam quais características herdamos de nossos pais

Presença de genes específicos definem com quem pareceremos
Luiz Nogueira15/06/2020 14h29

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Conforme crescemos, é comum ouvir de pessoas conhecidas que somos muito parecidos com algum de nossos pais. No caso das mulheres, por exemplo, falar que são parecidas com a mãe pode não ser verdade, já que, em muitos casos, os genes do pai são os que mais se manifestam.

Outra teoria indica que o estilo de vida do genitor antes da concepção do bebê, incluindo o que come e se pratica alguma atividade, são a base da saúde futura da criança. O objetivo aqui é mostrar quais podem ser as características que você pode herdar do pai ou de sua mãe.

Na maioria das vezes, as crianças herdam a forma da ponta do nariz, a área ao redor dos lábios, o tamanho das maçãs do rosto, os cantos dos olhos e o formato do queixo de um dos pais. Essas são as principais áreas destacadas durante um procedimento de reconhecimento facial.

Acredita-se que uma criança possua 50% do DNA de cada um dos pais. No entanto, os genes masculinos são mais agressivos que os femininos. Portanto, normalmente, existem 40% de genes da mãe e 60% do pai.

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Meninos podem ser mais parecidos com as mães. Foto: SDI Productions

Isso pode ser explicado pelo período durante a gestação. O corpo da mulher identifica o feto como algo parcialmente estranho. Para salvar o bebê, é necessário encontrar harmonia com os genes agressivos do pai – às vezes à custa dos próprios genes. Mesmo assim, ainda é possível definir quais características podem ser herdadas de cada um deles.

Sexo da criança

Cientistas apontam que o sexo do futuro bebê depende do pai. Da mãe, a criança sempre recebe o cromossomo X. Do genitor, o feto pode receber um cromossomo X (que significa que será uma menina) ou um cromossomo Y (que significa a vinda de um menino).

Se um homem tem muitos irmãos, ele tem probabilidade maior de ter filhos. Em contrapartida, se houver mais irmãs, a probabilidade de se ter uma filha é bem maior. Apenas alguns indivíduos possuem um número relativamente igual dos dois cromossomos em seus espermatozoides, o que garante probabilidades iguais de conceber um menino ou menina.

Os cromossomos Y têm menos genes que o X e alguns deles são responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos. É por isso que é provável que um garoto se pareça com a mãe. Quando se trata de meninas, elas recebem cromossomos X de ambos os pais, por isso é impossível saber com quem elas podem se parecer.

Inteligência

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Inteligência dos filhos pode vir da mãe. Foto: eclipse_images

Os genes responsáveis pela inteligência estão contidos no cromossomo X. É por isso que os filhos herdam a inteligência das mães. As filhas recebem a inteligência de ambos. No entanto, no caso das meninas, apenas 40% da inteligência da genitora é herdada. O restante é adquirido durante a vida.

Doenças mentais

Quanto mais velho o pai, menos qualidade o esperma pode ter. É por isso que pessoas idosas podem transmitir genes mutantes para seus filhos. A presença dessas características faz com que as crianças possam desenvolver doenças mentais, autismo, hiperatividade ou transtorno bipolar. Além disso, crianças nascidas de pais com mais de 45 anos têm mais chance de desenvolver tendências suicidas e possuir dificuldades de aprendizado.

Se o pai tiver qualquer doença cardíaca coronária, independentemente da idade em que teve o filho, provavelmente a criança vai desenvolver algo parecido. No caso de homens inférteis, com concepção feita artificialmente, poderão ter filhos que apresentam a mesma condição.

Hemofilia e autismo

Existem doenças que podem ser herdadas apenas das mães e que se desenvolvem nos meninos. Isso acontece quando a mulher tem um cromossomo X com o gene do problema e o passa para o filho. Ao contrário da mãe, o garoto possui apenas o cromossomo X, por isso, não tem como compensar o gene mutado.

A hemofilia, que prejudica a capacidade do corpo de produzir coágulos sanguíneos, e a distrofia muscular de Duchene estão entre as doenças que podem ser transmitidas dessa maneira. O autismo também é uma das condições que podem ser passadas de mãe para filho.

Pessoas acima do peso

A inclinação para ganho de peso pode ser herdada geneticamente. As medidas de peso e cintura de algumas pessoas são baseadas em genes em 25% das vezes. Em alguns casos, pode ser realmente difícil perder alguns quilos extras justamente por ser algo herdado dos pais. Em situações desse tipo, uma dieta razoável e atividades físicas podem ser benéficas.

É possível herdar inclinações para estar acima do peso ou em forma. No entanto, possuir alguns quilos a mais está presente com mais frequência.

Por fim, o peso de uma criança depende unicamente da mãe. O pai não tem participação nisso – mesmo que estejam acima do peso. Se uma genitora for magra, possivelmente a criança também será – o inverso também acontece.

Altura

Os pais têm maior participação na altura dos filhos do que as mães. Homens geralmente têm filhos mais altos. Em média, 80% do tamanho de alguém depende do pai; o restante é resultado do estilo de vida e saúde. Além disso, nem todos os filhos de um mesmo casal possuem a mesma altura. Crianças mais novas, geralmente, são mais baixas que as mais velhas.

Cor dos olhos

Como era de se esperar, a cor marrom dos olhos é o gene dominante. Portanto, se um dos pais (especialmente o genitor) tem olhos escuros e o outro possui olhos azuis ou verdes, é mais provável que a criança possua a coloração castanha.

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Olhos castanhos são genes dominantes. Foto: gerenme

As chances de a criança nascer com olhos azuis não são nulas, mas isso só pode acontecer se um dos pais tiver um gene responsável pela cor azul. Azul e verde são considerados genes recessivos, o que significa que eles só se manifestam se houver “um par”. No entanto, é possível que pais de olhos claros tenham filhos com olhos castanhos, isso acontece no caso de um dos pais apresentar o gene dominante – mesmo que ele não tenha se manifestado.

Cabelo encaracolado

Apesar de o cabelo encaracolado ser uma característica dominante, mesmo que um dos pais o tenha, não significa necessariamente que a criança o terá. Isso só se aplica no caso de os dois pais apresentarem cabelos cacheados. Se ambos possuírem cabelos lisos, o bebê também terá essa característica.

Também é possível que, mesmo com a presença de cabeços cacheados nos dois, a criança tenha cabelos lisos. Isso é bem raro de acontecer, mas o bebê pode herdar a característica de algum outro familiar.

Via: Fine Finders

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital