Diversas pesquisas já mostraram que o canabidiol, composto químico presente na maconha, é bastante eficaz na alívio de muitas doenças. Agora, um estudo realizado por Matt Dun, da Universidade de Newcastle, na Austrália, mostrou que a substância pode ser um importante aliado para o tratamento no câncer.
O pesquisador concluiu um estudo de três anos, indicando que uma cepa modificada da cannabis é destrutiva para certas células cancerígenas causadoras da leucemia, ao mesmo tempo em que não afeta as células saudáveis do corpo.
“Testes de laboratório mostraram que uma forma modificada de cannabis medicinal pode matar ou inibir células cancerígenas sem afetar as células normais, revelando seu potencial como tratamento e não apenas como medicamento para alívio”, afirmou a universidade em comunicado.
A cepa utilizada foi a Eve, que foi modificada para conter menos de 1% da quantidade esperada do THC, composto psicomimético responsável pela sensação de consumir a maconha, e, ao mesmo tempo, uma quantidade muito alta de canabidiol.
Maconha medicial tem grande potencial, mas ainda é um tabu. Via: Reprodução
Apesar dos resultados promissores, ainda há um longo caminho para que a substância seja utilizada para tratar o câncer. O próximo passo é testar a cepa modificada em outros tipos de células cancerígenas. Além disso, é preciso esperar a revisão de pares e diversos outros estudos para confirmar os resultado e determinar porque a cepa é eficaz.
Por fim, convencer os reguladores e a população a levar a sério o poder medicinal da cannabis ainda parece algo longe de ser alcançado em diversos países.
Remédios à base de maconha
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou na última terça-feira (3) que aprovou um novo regulamento para produtos derivados de cannabis, a planta da maconha. A regulamentação entrará em vigor em 90 dias, a partir da publicação no Diário Oficial da União, o que deve ocorrer nos próximos dias.
A agência autorizou a venda de medicamentos à base de maconha, mas não o seu plantio. Os produtos deverão ser vendidos exclusivamente por farmácias e drograrias, sem manipulação, e apenas com apresentação de prescrição médica. O regulamento ainda especifica o uso para tratamentos em humanos, não em animais.
Via: The Verge