Chineses são presos por revelar vendas da Huawei ao Irã em chat online

Em troca de mensagens no WeChat, um ex-funcionário afirmou que podia provar que a fabricante violou sanções àquele país
Fabiana Rolfini27/04/2020 14h21, atualizada em 27/04/2020 15h00

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A Huawei nega categoricamente estar sob controle do governo chinês, por outro lado, o país não parece estar muito empenhado em defender a gigante da tecnologia.

Isso porque a polícia chinesa prendeu cinco ex-funcionários da Huawei no fim de 2018, por conta de discussões no WeChat alegando que a empresa violou sanções ao Irã, segundo descobriu o The New York Times. A China não é apenas o maior parceiro comercial do Irã, mas também seu aliado e apoiador diplomático.

Entenda o caso

Em uma troca de mensagens em um grupo no aplicativo, um dos detidos afirmou que podia provar que a Huawei havia vendido tecnologia para a República Islâmica do Irã. Dois dos ex-funcionários revelaram que ficaram presos por oito e três meses, respectivamente, em dezembro de 2018.

Reprodução

As prisões ocorreram cerca de duas semanas depois que o diretor financeiro da Huawei foi preso no Canadá sob a acusação de violar as sanções dos EUA contra o Irã. Ele foi acusado de enviar, ilegalmente, equipamentos e tecnologia dos EUA para o Irã e transferir dinheiro para fora do país, enganando os bancos americanos.

Para a Huawei, nem todas as vendas ao Irã teriam sido ilegais, ainda de acordo com a publicação. “Em princípio, apenas as que envolvem bens, tecnologia ou serviços de origem americana teriam sofrido sanções americanas. A empresa afirmou que suas vendas no Irã foram para uso civil comercial e não violou sanções”, acrescentou o jornal.

Via: Engadget

Fabiana Rolfini é editor(a) no Olhar Digital