Cientistas da Universidade de Swansea, no País de Gales, descobriram que câmeras de alta velocidade são úteis para capturar o “mundo invisível”, inclusive em ocasiões que exemplificam teorias da física. Neste exemplo, uma câmera que grava a mil quadros por segundo (FPS, na sigla em inglês) foi capaz de detectar um fluido se comportando como um sólido.
Para o experimento, a equipe utilizou uma mistura de amido de milho e água em uma célula estreita e a submeteu a um jato de ar pressurizado, que espessou o líquido por cisalhamento, ou seja, por meio de uma tensão gerada a partir de forças externas aplicadas em sentidos opostos ou iguais e com intensidade de movimento diferente da permitida pela mistura. Além disso, o cisalhamento foi descontínuo, o que resultou em fraturas comuns aos sólidos no líquido.
O estudo, por si só, mostrou que é possível ativar e desativar a condição de atrito do líquido ao variar a pressão aplicada, como um interruptor que liga e desliga.
No entanto, ao verificar as imagens, os cientistas notaram que esse tipo de líquido pode ter um grande impacto na engenharia do futuro. Agora, a equipe já planeja utilizar a mistura para armaduras leves, redutores de velocidade dinâmicos e outros produtos que precisam ter suas propriedades modificadas sob demanda.
Confira um vídeo que mostra, em câmera lenta, o que a câmera de alta velocidade utilizada no experimento conseguiu detectar:
Via: Engadget