Braço robótico pode ser forte o suficiente para quebrar uma parede

Equipamento pode ser acoplado à cintura dos usuários e garantir um terceiro braço para diversas atividades
Luiz Nogueira08/06/2020 16h15

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Com o avanço no campo da robótica, muito se discute sobre a utilização de membros mecânicos – seja em pessoas que perderam alguma parte do corpo ou simplesmente desejam uma “mão” a mais. No entanto, geralmente, a funcionalidade se limita a tarefas leves ou que exigem pouco movimento. Porém, isso pode estar prestes a mudar.

Um projeto criado por pesquisadores da Universidade de Sherbrooke, no Canadá, em parceria com a empresa Exonetik, permite que qualquer pessoa tenha um terceiro braço para diversas tarefas, como colher frutas ou realizar serviços, por exemplo. Em casos mais extremos, no entanto, os criadores informam que ele pode até quebrar uma parede.

A criação possui um sistema de movimento hidráulico e pode ser presa à cintura. No entanto, o controle ainda deve ser feito usando um dispositivo remoto – uma versão menor do braço real – conduzido por uma segunda pessoa.

O sistema criado pelos pesquisadores canadenses possui três graus de liberdade. Isso é possível graças a presença de embreagens e transmissões hidrostáticas. O objetivo é o de “imitar o desempenho de um braço humano em uma infinidade de aplicações industriais e domésticas”.

Reprodução

Aplicações testadas pelos pesquisadores. Foto: Universidade de Sherbrooke

De acordo com Catherine Véronneau, uma das pesquisadoras responsáveis pelo projeto, a criação é totalmente segura. Isso porque há um sistema que rapidamente detecta quando uma pessoa tem contato com o braço, fazendo com que um torque negativo seja aplicado. Isso evita que ele machuque pessoas ao redor.

Ainda segundo ela, a decisão de ser colocado na cintura foi pensada justamente para que a pessoa consiga compensar a adição do equipamento – que pesa 4,2 quilos – ao corpo. Com ele instalado, é possível levantar até cinco quilos a uma velocidade máxima efetiva de 3,4 metros por segundo, com a presença de um sensor para impedir que ele bata no rosto do usuário.

Os pesquisadores ainda sugerem que a adição de alguns sensores pode permitir que o braço realize tarefas mais delicadas ou até colaborativas, como realizar reparos em equipamentos, por exemplo.

Por enquanto, infelizmente, tudo não passa de um projeto em fase de testes. No entanto, ele pode dar espaço para que tecnologias semelhantes sejam criadas ou que a criação consiga abrir portas para que, no futuro, sua implementação seja feita assim que estiver disponível.

Via: Spectrum

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital