Durante uma auditoria interna de segurança como parte do processo de re-certificação do 737 Max, a Boeing encontrou problemas na fiação da aeronave. Dois grupos de fios, que transportam sinais de controle para as superfícies na cauda do avião, estão muito próximos e poderiam sofrer curto-circuito, o que poderia levar à queda do jato caso os pilotos não consigam reagir corretamente.
De acordo com o NY Times, a Boeing está determinando se um curto-circuito poderia acontecer em vôo, e se será necessário separar a fiação nos cerca de 800 737 Max já construídos. Segundo um engenheiro citado pelo jornal a solução é “simples”, e encontrar e corrigir estes problemas não é algo incomum ou particular ao 737 Max, ou à Boeing.
Ainda não está claro se o problema irá levar a mais atrasos na re-certificação da aeronave, que está impedida de voar em todo o mundo desde meados de março de 2019, após acidentes com aviões da Lion Air e Ethiopian Airlines que, juntos, vitimaram 346 pessoas.
Em meados de dezembro passado a Boeing anunciou a decisão de suspender a produção do 737 Max a partir deste mês de janeiro, citando um estoque de mais de 400 aeronaves e um foco em atender aos pedidos já realizados. Também em dezembro a empresa demitiu seu presidente, Dennis Muilenburg, que comandava a Boeing desde 2015 e onde era funcionário desde 1985.
Fonte: NY Times