O Banco Central estuda integrar o PIX, sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido pela instituição, a serviços similares de outros países. A possibilidade foi indicada pelo chefe-adjunto do departamento de competição e de estrutura do mercado financeiro (Decem), Carlos Eduardo Brandt, nesta quarta-feira (12), durante coletiva virtual.

“Nossa visão de futuro é de que o PIX seja capaz de se integrar com outros ecossistemas de pagamentos instantâneos, de outras jurisdições. Há conversas preliminares com diversos reguladores. Mas não há nenhuma definição em quais países faríamos a interligação e nem há prazo definido”, declarou Brandt.

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O recurso permitiria a usuários realizarem pagamentos instantâneos do Brasil para pessoas em outros países. O chefe de subunidade do Decem, Breno Lobo, no entanto destacou que a proposta é complexa e não está prevista para curto prazo.

Segundo ele, o Banco Central acompanha testes de ecossistemas em desenvolvimento no exterior que possibilitam a transferência de pagamentos em poucos segundos entre países de diferentes continentes.“Vamos tentar entrar nesse circuito de testes de internacionalização. Está na nossa agenda de trabalho”, pontuou Lobo.

Início em outubro

Na quarta-feira, o Banco Central aprovou a regulamentação do PIX. O documento formalizou a previsão de início do cadastramento de chaves do serviço para o dia 5 de outubro, e o começo das operações a partir de 16 de novembro. Além disso, a instituição introduziu o recurso para agendamento de transações no sistema de pagamentos instantâneos.

O PIX promete operações seguras com período de liquidação de poucos segundos, sem restrições de datas ou horários. A modalidade ainda inclui soluções de pagamento por códigos QR, que poderão ser gerados em telas de máquina de cartão e escaneados por consumidores para efetuar a transação.

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PIX vai oferecer suporte a pagamentos por QR Code. Imagem: Pixabay

A plataforma ainda permitirá que usuários executem os pagamentos informando dados simples do recebedor, como e-mail, número de celular e CPF ou CNPJ – as informações serão cadastradas previamente pelas instituições financeiras participantes do PIX em um diretório do sistema.

Em junho, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Netto, disse que o PIX será gratuito para transações entre pessoas físicas e afirmou que o sistema deve viabilizar saques de dinheiro em espécie por meio de lojas varejistas. O BC estima ainda que a unidade de um pacote com dez transações pelo PIX custe R$ 0,01 para instituições financeiras.

Via: MobileTime