Com o objetivo de atrair novos investidores, Apple e Tesla optaram por reduzir o preço de suas ações na Nasdaq, uma das mais importantes bolsas de valores do mundo. O encolhimento no custo dos papéis será feito por meio de split, processo em que se aumenta o número de títulos disponíveis no mercado a fim de barateá-los. 

A partir desta segunda-feira (31), a previsão é que cada ação da Apple se desdobre em outras quatro, reduzindo o preço de US$ 499 para US$ 124.

No caso da Tesla, a proporção deve ser de uma para cinco. Até o fim do pregão da última sexta-feira (28), cada papel da montadora era negociado pela quantia de US$ 2.213. Após o split, o preço deve cair para cerca de US$ 442. 

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Nasdaq é um dos principais mercados de ações dos Estados Unidos. Imagem: spatuletail/Shutterstock 

Motivo do split

Desde o início do ano, ambas as empresas observaram uma alta significativa no preço de suas ações. A crise provocada pela pandemia do novo coronavírus é apontada como uma das causas para o aumento repentino. 

Em relação a janeiro, o preço de cada papel da Apple subiu mais de 67%, enquanto os da Tesla registraram alta de impressionantes 411%.

Logo, o movimento pode ser interpretado como fruto da preocupação de que os valores elevados poderiam afastar os investidores.

Não será a primeira vez em que as empresas fracionam suas ações para torná-las mais acessíveis. Nos últimos anos, pelo menos dez das maiores marcas globais fizeram isso. Entre elas, figuram Google, Microsoft, Amazon, Coca-Cola, Disney, Samsung, McDonald’s, Toyota, Intel e a própria Apple, que já o fez quatro vezes.

De acordo com a plataforma de investimentos eToro, que analisou 60 anos de dados do mercado financeiro, as ações das empresas costumam subir até um terço após o split. Considerando essa média histórica, estima-se que os títulos da Apple e da Tesla sejam valorizados em 33% nos próximos doze meses. 

Nas quatro vezes em que fracionou suas ações, porém, a Apple viu o valor de seus papéis aumentar, em média, somente 10,4% nos anos seguintes, mostrou a eToro. A média é puxada para baixo pelo decréscimo de 61% após um desdobramento de ações realizado em 2000. No último split, feito em 2014, o crescimento registrado foi de 36,4% no ano seguinte. 

Via: Exame