Reino Unido abre clínica de tratamento para viciados em games

Distúrbio de games não é algo leve. Segundo a diretora do Centro de Transtornos em Internet e Games, as consequências podem levar ao isolamento social e outros problemas de saúde
Redação10/10/2019 13h13, atualizada em 10/10/2019 14h12

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O Sistema Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido inaugurou uma clínica especializada para tratar de crianças e adolescentes viciadas em jogos de computador, conhecido como ‘distúrbio de games. O tratamento será disponibilizado para jovens entre 13 e 25 que sentem sua vida e saúde mental afetadas pelas horas jogadas online. Desde terça-feira (08), clínicos gerais e outros profissionais do RU podem encaminhar pacientes para o serviço, que está previsto para começar mês que vem.

A ideia por trás da criação deste tratamento foi inspirada no número crescente de jovens que passam horas excessivas jogando e começaram a apresentar problemas de saúde mental. A clínica fará parte do Centro Nacional de Dependências Comportamentais em Londres, e os pacientes encaminhados poderão fazer o tratamento pessoalmente ou por consultas online no Skype. Psicólogos clínicos, enfermeiras de saúde mental, terapistas e psicanalistas integrados no tratamento de jovens irão trabalhar com os pacientes para ajudá-los a superar o vício.

“As necessidades de saúde estão mudando constantemente, o que é a razão pela qual o NHS nunca deve ficar parado. Este novo serviço é uma resposta para um problema emergente, parte da pressão crescente que crianças e adolescentes estão expostos atualmente”, disse Simon Stevens, chefe executivo do NHS na Inglaterra.

Vale lembrar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) categorizou o “vício em jogos” como uma doença reconhecida mundialmente ao incorporá-la no 11º Catálogo Internacional de Doenças (CID-11). No Brasil, este distúrbio já é tratado em diversas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme o grau de cada caso.

Distúrbio de Games não é algo leve. Estamos falando de pessoas que passam 12 horas por dia jogando no computador e que no final se tornam socialmente isoladas e podem até perder seu trabalho”, afirmou a Doutora Henrietta Bowden-Jones, diretora do novo Centro de Transtornos em Internet e Game e porta-voz do Royal College of Psychiatrists sobre vícios comportamentais.

Gostar de videogames não significa que você esteja dependente. Segundo a OMS, uma pessoa apresenta sinais de vício quando revela “uma crescente prioridade para os videogames sobre outros interesses da vida ou atividades diárias” e também, persistência ou aumento nas horas jogadas apesar de eventuais consequências negativas.

Via: The Guardian e Eurogamer

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital