Fortnite fechou 2018 à frente da indústria de videogames. A franquia acumula mais de 200 milhões de usuários e uma renda mensal superior a 150 milhões de dólares. Estima-se que no ano que passou ela terminou com lucros de mais de 3 bilhões dólares, o que levou o seu criador, o CEO da Epic Games, Tim Sweeney, a ficar entre as pessoas mais ricas do planeta.

A Bloomberg publicou sua lista anual dos maiores bilionários do mundo. Sweeney tem uma fortuna estimada em 7 bilhões de dólares, o que o coloca posição 194 do ranking. Claro, ele ainda está longe de Jeff Bezos ou Mark Zuckerberg, mas já supera figuras mais tradicionais desse tipo de relação, como o investidor George Soros e o criador da saga Star Wars, George Lucas. E vale lembra que até o ano passado, Sweeney nem sequer aparecia no top 500. 

E o motivo de Sweeney galgar tantas posições em apenas um ano foi o Fortnite. Para estimar a fortuna do executivo, a Bloomberg baseia-se na avaliação pública da Epic Games, desencadeada pelo imenso sucesso do jogo.

Filosofia do Fortnite

Há algo que chama a atenção para o sucesso de Sweeney e da Epic Games: o Fortnite é um jogo grátis. Seus usuários compram meros adornos estéticos (danças, peles , uniformes, etc.) sem que nenhum deles traga uma única melhora em seu desempenho. E jogo criou um marco nessa indústria: ela chegou ao free-to-play sem precisar passar pelo temido pay-to-win.

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E apesar disso, a Epic Games está levantando mais de dois milhões de dólares por dia graças ao Fortnite. Em média, os jogadores investem cerca de 340 reais para melhorar sua experiência no jogo. E apenas um quinto deles não sabe que as compras não lhes dão mais chances de ganhar.

Em pequena escala, é pouco dinheiro. Em grande escala, com 200 milhões de jogadores, é uma fortuna. A Epic tem tanto dinheiro que pode se dar ao luxo de atacar uma das maiores plataformas de vendas de jogos, a Steam, oferecendo melhor desempenho econômico para os desenvolvedores.

Fortnite gera uma rede de negócios enorme. Para citar um exemplo, em março de 2018, uma livestream de Fortnite conseguiu reunir 99 youtubers, que resultou em uma audiência com mais de 1 milhão de espectadores. Isso foi uma das maiores livestreams de todos os tempos.

Tal público atrai publicidade, tráfego e visibilidade. E, claro, tudo isso se traduz em dinheiro. Fortnite é um caso claro de como os games são uma potência para atrair públicos enormes, mover montanhas de dinheiro entre os envolvidos e, fazer programadores e desenvolvedores bilionários quando um título faz sucesso.