O Reino Unido deve lançar até metade do ano uma força cibernética especializada que poderá atacar grupos terroristas e Estados hostis. A força hacker britânica será lançada após muitos meses de atrasos e grandes desavenças entre o Ministério da Defesa e o GCHQ, serviço de inteligência do país.
Conhecida como Força Cibernética Nacional (FCN), a equipe conta com cerca de 500 especialistas e está em formação há dois anos. Fontes ouvidas pelo jornal The Guardian afirmam que, após meses de discussões sobre os detalhes, a unidade especializada está prestes a ser formalmente anunciada.
O objetivo da Força Cibernética Nacional é colocar a Grã-Bretanha como uma potência cibernética capaz de interromper a comunicação de inimigos, direcionando seus ataques a redes móveis, de satélites e computadores, além de conseguir derrubar as linhas de comunicação usadas por grupos terroristas.
Especialistas no assunto dizem que a FCN consolidaria algumas capacidades já existentes no governo britânico e também desenvolveria outras. No entanto, as autoridades são cautelosas quanto aos detalhes, alegando que muito do que os hackers podem fazer deve permanecer confidencial. A identidade do líder da organização também segue em segredo.
Para os especialistas, a falta de informações dificulta a discussão dos limites da guerra cibernética em uma democracia, como quais medidas disruptivas e tipos de ataques podem ser considerados legítimos.
Os esforços britânicos seguem o exemplo dos EUA, que gradualmente vêm expandindo sua capacidade de ofensiva cibernética. Tal qual os norte-americanos, o Reino Unido dificilmente reconhece o que seus hackers fazem, preferindo manter o serviço “oculto”.
Via: The Guardian