O FBI (Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos) emitiu um alerta, nesta segunda-feira (5), sobre golpes que acontecem em sites de namoro após uma série desses crimes ser relatada à plataforma de denúncias de delitos online da agência. Segundo dados do FBI, entre 2017 e 2018 mais de 33 mil pessoas foram vítimas de fraudes no país a partir de abuso de confiança dentro de plataformas de relacionamento.
Em 2017, informa o FBI, 15 mil pessoas foram alvo de golpes online e perderam, no total, mais de US$ 211 milhões. Já em 2018, o número de casos denunciados aumentou para 18 mil, com perdas de mais de US$ 362 milhões. Nesse ano, fraudes relacionadas à confiança ou romance foram o sétimo golpe mais relatado à central de cybercrimes do FBI e o segundo crime que mais causou perdas financeiras à vítima. Idosos, mulheres e viúvos são os alvos mais frequentes, segundo o alerta da agência.
O FBI explica que fraudes relacionadas a confiança ocorrem quando o autor do crime engana a vítima criando uma relação de afeto com ela – familiar, amigável ou romântica – para persuadi-la a enviar dinheiro, fornecer informações pessoais, comprar itens e passagens ou mesmo lavar dinheiro para o criminoso, entre outros tipos de golpe.
Os criminosos costumam usar sites de paquera e namoro virtual para estabelecer proximidade com a vítima e conquistar sua confiança. Em alguns casos, exemplifica o FBI, o criminoso finge ser um cidadão norte-americano em um país estrangeiro ou dono de empresa nos EUA buscando parcerias em um investimento lucrativo.
Depois de ter “ganhado” a vítima, o golpista começa com os pedidos, que vão desde viagens aéreas, presentes, dinheiro por estar com problemas financeiros, até casos em que o alvo é persuadido a criar uma conta bancária conjunta, justificando que isso vai facilitar a transferência monetária, ou registrar uma empresa. Nestes casos, o autor da fraude pode usar a vítima para lavar dinheiro e transferir valores para contas ilegais.
O FBI dá ainda algumas dicas para os usuários de sites de namoro se proteger de golpes. O primeiro deles é, basicamente, sempre desconfiar das intenções das outras pessoas, porque a maioria de tais plataformas não verifica os antecedentes criminais das contas registradas. A agência recomenda também que o usuário faça uma pesquisa reversa das fotos do suposto golpista no Google, para checar a legitimidade da imagem. Isso porque cybercriminosos costumam usar em seus perfis imagens genéricas ou de outras pessoas, o que pode ser identificado com facilidade com uma pesquisa da foto.