App malicioso que rouba R$ 340 dos usuários está de volta à App Store

Aplicativo se aproveita do TouchID para enganar o usuário e fazer com que ele compre sua versão paga por R$ 340
Luiz Nogueira07/08/2019 14h56, atualizada em 07/08/2019 15h19

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As lojas de aplicativos sempre realizam verificações para identificar apps fraudulentos e que possam violar suas diretrizes de utilização. No ano passado, um aplicativo chamado “Medição da Frequência Cardíaca” prometia realizar a medição dos batimentos do coração dos usuários apenas usando o sensor de digitais do iPhone. Obviamente se tratava de um app falso, e que roubava R$329,90 de quem tentava utilizá-lo.

Aparentemente, esse aplicativo está de volta, e com outro nome. O nome adotado pelo golpe é “Pulso. Batimento Cardíaco” e ele está disponível novamente na App Store. Quem alertou sobre a volta do software mal-intencionado foi um leitor do site MacMagazine. Ele compartilhou um vídeo que mostra um anúncio da aplicação sendo veiculado no YouTube. Ou seja, os mais desavisados podem cair facilmente no novo golpe acreditando ser um anúncio de um aplicativo sério.

A técnica adotada é a mesma da versão anterior. O app promete medir os batimentos cardíacos do usuário apenas usando o sensor de digitais do iPhone. Assim que o usuário repousa o dedo no sensor, o brilho da tela é baixado até o mínimo possível, dificultando a visualização do que está se passando.

Se aproveitando disso, é exibida uma tela de compra da versão completa do software, que tem um custo de R$ 340. Como o usuário não está enxergando nada, ele mantém o dedo no botão, e com isso, o Touch ID é ativado e a compra é autorizada. Como forma de comprovar o golpe, basta retirar o dedo do sensor que a ‘medição’ continua sendo feita.

Mesmo aplicando o golpe, os criadores do aplicativo disponibilizam um link para que os usuários possam pedir o cancelamento de sua compra em até 24 horas após o golpe ter sido aplicado. Na página oficial do aplicativo, são muitas as reclamações sobre essa prática. Todas as pessoas reclamam de terem sido cobradas pela versão completa do software sem o seu consentimento.

Reprodução

É bastante curioso ver que a Apple – que é bastante restrita sobre os aplicativos que integram sua loja – tenha deixado passar uma aplicação fraudulenta desse tipo. E isso aconteceu não uma, mas duas vezes. Até o momento, o software não foi removido e continua disponível.

Via: MacMagazine

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital