Em entrevista ao circuito de promoção de seu novo filme “Greyhound”, o ator consagrado Tom Hanks criticou a Apple por seus “chicotadores cruéis”, em alusão a quem aplica as regras da empresa. O próximo título da carreira de Hanks deve estrear na sexta-feira (10) como um dos originais do Apple TV+, plataforma de streaming da gigante da tecnologia.
O revolta de Hanks foi motivada por um pedido peculiar da Apple, que solicitou que o ator usasse uma parede completamente branca como pano de fundo da entrevista que daria à própria empresa. Provavelmente, a intenção era que os espectadores não pudessem enxergar quaisquer aspectos da vida privada da celebridade.
Segundo Hanks, a situação o fez se sentir em um “programa de proteção a testemunhas. Mas aqui estou eu, atendendo às necessidades da Apple TV”. Além disso, o ator disse que assistir à estreia de seu novo filme em uma plataforma de streaming em vez de nas salas de cinema é um “desgosto absoluto”. “Não quero irritar meus senhores da Apple, mas há uma diferença na imagem e na qualidade do som”, acrescentou Hanks.
O apego do ator ao filme diz respeito a todo o trabalho que Hanks teve com o título: foi quase uma década dedicada a escrever o roteiro, produzir o conteúdo e atuar em “Greyhound”, um filme com temática de guerra que gira em torno do capitão Ernie Krause, personagem de Hanks, e sua participação na Batalha do Atlântico, marco da Segunda Guerra Mundial.
Para garantir os direitos de “Greyhound”, a Apple desembolsou US$ 70 milhões (cerca de R$ 376 milhões, na conversão direta das moedas). Embora o filme tenha sido programado originalmente para estrear nos cinemas, o isolamento social causado pela pandemia de coronavírus ao redor do mundo interrompeu os planos de Hanks.
Nos Estados Unidos, por exemplo, país de origem da Apple e de Hanks, a Covid-19 já infectou mais de três milhões de habitantes e matou 133.081 pessoas. Recentemente, a segunda onda da pandemia fez a própria Apple fechar temporariamente algumas de suas lojas no país.
Via: Business Insider