Total de mortes por Covid-19 em SP deve dobrar até o fim de junho

Segundo estimativas do governo paulista, estado pode apresentar entre 16 mil e 22 mil ocorrências de óbitos pela doença, até o dia 28 deste mês
Redação10/06/2020 21h24

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O coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus, Carlos Carvalho, declarou em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (10) que o estado de São Paulo deve registrar mais 11 mil mortes por Covid-19 nos próximos 18 dias. Caso as projeções do órgão se confirmem, o total de óbitos causados pela doença pode chegar até 22 mil.

São Paulo registrou, nesta semana, dois recordes consecutivos de mortes por coronavírus notificadas em um mesmo dia. Na quarta-feira, foram contabilizados 340 falecimentos, diante de 334 ocorrências no dia anterior. Ao todo são 9.832 mortes e 156.316 pessoas infectadas, segundo balanço divulgado pelo governo paulista durante a coletiva.

Carvalho explicou que o Centro de Contingência do Coronavírus estima que o número de contaminados por Covid-19 atingirá a faixa de 200 mil. Na semana passada, o estado já havia divulgado projeções com total acumulado entre 190 mil e 265 mil infecções. Os cálculos consideram um cenário em que o estado mantém o índice de isolamento social em 50%.

De acordo com Comitê de Contingência do Coronavírus de São Paulo, estado está próximo de atingir o platô da pandemia. Imagem: Photo Premium/Agência O Globo

“A perspectiva de óbitos que talvez nos cheguemos no final do mês, se continuar nessa mesma proporção, é na faixa de 20 mil ao final do mês, variando de 16 mil a 22 mil. Isso sempre mantendo essa faixa de isolamento”, afirmou Carvalho.

Plano São Paulo

O governador João Doria decretou uma nova quarentena, de 15 a 28 de junho. Ele ressaltou, no entanto, que esta será uma “quarentena heterogênea, em que será aplicado o Plano São Paulo”. O programa prevê a reabertura de atividades econômicas em municípios de acordo com classificações atribuídas às 18 regiões administrativas do estado.

Os indicadores determinam etapas com diferentes níveis de relaxamento de medidas de isolamento social. Essas categorias são representadas pelas cores vermelho, laranja, amarelo e verde, em que a primeira indica a restrição total e a última libera a abertura quase que completa da economia, ainda respeitando protocolos e recomendações. A classificação considera diversos fatores epidemiológicos, como a evolução da doença e os leitos de UTI disponíveis.

Doria anunciou que as regiões de Barretos e Presidente Prudente passaram da zona amarela para a zona vermelha, enquanto Ribeirão Preto retrocedeu da fase laranja para a mais severa. Em contrapartida, a Grande São Paulo, Baixada Santista e Registro evoluíram da etapa vermelha para a laranja e agora poderão liberar parcialmente a retomada de atividades de shoppings, escritórios e do comércio de rua.

A cidade de São Paulo permanece na categoria laranja. Após definir protocolos com entidades de diversos setores da economia, a capital autorizou a reabertura parcial o comércio de rua nesta quarta-feira e prevê o funcionamento de shoppings, com restrições, a partir de quinta-feira (11).

Fonte: Estadão

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital