A quantidade de casos de coronavírus registrada em São Paulo no mês de junho será de 1,7 a 2,4 vezes maior que a registrada em maio, segundo o governo do estado. Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (3), o comitê de saúde estadual afirmou que o aumento previsto é menor se comparado com meses anteriores e defendeu que a pandemia no estado está desacelerando.

Segundo as autoridades paulistas, em maio, houve um crescimento de 3,6 vezes no registro de casos de coronavírus se comparado ao mês de abril, que registrou 10 vezes mais casos do que março. A estimativa do governo paulista é que até o primeiro dia de julho São Paulo deve contabilizar entre 190 mil e 265 mil ocorrências confirmadas de Covid-19. A estimativa de mortes não foi informada.

Na coletiva, representantes do Comitê de Saúde afirmaram que os números já estão previstos no plano “Retomada Consciente”. Em vigor desde segunda-feira (1), o programa permite o relaxamento de medidas de isolamento social de acordo com cinco categorias atribuídas a regiões do estado.

Atualmente, São Paulo registra 123 mil casos e 8,2 mil óbitos confirmados em decorrência do novo coronavírus. Na terça-feira (2), um dia após a implementação do plano de reabertura, o estado bateu recorde de registros de casos e mortes diários.

Mortes aumentaram 23% na última semana

O governo paulista também apresentou nesta quarta-feira dados sobre a evolução de indicadores de saúde desde o anúncio do plano de flexibilização das regras de distanciamento social. Nos últimos sete dias, o total de mortes subiu 23%, frente a um crescimento de apenas 7% na semana anterior.

Já o número de casos confirmados registrou alta de 61%, contra um aumento de apenas 10% no período anterior. A administração paulista atribui o crescimento do índice de novos casos a uma suposta ampliação da quantidade de testes processados. Os números divulgados também indicam que nos últimos sete dias houve queda de 1,1% na taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI), e agora o estado apresenta o total de 13,3 leitos a cada 100 mil habitantes.

No âmbito do plano de reabertura do estado, o governo ainda comunicou uma piora significativa de indicadores das regiões de Bauru e Barretos. As duas foram enquadradas na fase 3 do programa, que configura a etapa com regras mais flexíveis em vigor atualmente no estado. De acordo com as autoridades paulistas, caso os indicadores não melhores nos próximos dias, o governo pode alterar a classificação das regiões e determinar o endurecimento de medidas preventivas.

Fonte: G1