Um teste rápido para o novo coronavírus que utiliza a saliva do paciente foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador do governo dos Estados Unidos. O método foi desenvolvido pelo Repositório de Células e DNA da Universidade Rutgers (RUCDR) em Newark, Nova Jersey, e promete uma triagem populacional mais ampla do que o método atual que coleta amostras de nariz e da garganta.
“Os testes de saliva ajudarão com a escassez global de swabs para amostragem e não exigirão que os profissionais de saúde se coloquem em risco para coletar amostras”, explica Andrew Brooks, diretor de operações e diretor de desenvolvimento de tecnologia da RUCDR. “O teste de saliva também será importante para as pessoas que estão em quarentena e não sabem quanto tempo levará até que não sejam mais infecciosas – especialmente profissionais de saúde, que poderão voltar ao trabalho com segurança”, completa.
A expectativa é que o teste comece a ser usado já a partir desta quarta-feira (15) na região de Nova Jersey, com resultados sendo liberados em um período entre 24h e 48h. As autoridades esperam que os testes de saliva, juntamente com um serviço de testes genéticos para o coronavírus, possibilitem o processamento de milhares de amostras diariamente, o que poderá aumentar significativamente o número de pessoas rastreadas para a Covid-19.
“O teste realmente expande a capacidade de coletar e testar mais amostras, não apenas para nós, mas para todos”, acredita Brooks. As amostras de saliva serão analisadas em um laboratório da Rutgers, que também recebeu a aprovação do FDA, e poderá analisar até 10 mil amostras por dia, usando equipamento automatizado.