Novo coronavírus perde força e letalidade na Itália, afirma médico

Alberto Zangrillo foi além e disse que clinicamente o vírus já não existe no país; o governo, no entanto, pede cautela
Fabiana Rolfini01/06/2020 11h59

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A disseminação da Covid-19 na Itália, que já foi o país europeu mais atingido pela doença, está cada vez menor. Segundo afirmou um médico italiano no domingo (31), o novo coronavírus não só está perdendo força e se tornou muito menos letal, como “clinicamente já não existe no país”.

“As amostras analisadas nos últimos 10 dias mostraram uma carga viral absolutamente pequena em termos quantitativos, em comparação com as obtidas há um ou dois meses”, declarou Alberto Zangrillo, chefe do Hospital San Raffaele em Milão, na região norte da Lombardia, que sofreu o impacto do contágio do coronavírus na Itália.

Atualmente, a Itália tem o terceiro maior número de mortos no mundo em decorrência da Covid-19, com 33.415 óbitos. O país é o sexto com mais casos confirmados globalmente, somando quase 233 mil.

Reprodução

Médicos italianos afirmam enfraquecimento do coronavírus no país. Foto: Cameravit/iStock

No entanto, o número de novas infecções e de vítimas fatais tem caído constantemente neste mês e o país decretou um lockdown com as restrições mais rígidas do que em qualquer outro lugar na Europa.

Um outro médico do norte da Itália disse à agência nacional de notícias ANSA que também estava vendo o coronavírus enfraquecer. “A força que o vírus tinha há dois meses não é a mesma força que tem hoje”, disse Matteo Bassetti, chefe da clínica de doenças infecciosas do hospital San Martino, na cidade de Gênova.

Governo pede cautela

Apesar das declarações dos médicos, o governo italiano pediu cautela, dizendo ser muito cedo para cantar vitória. “Há evidências científicas pendentes para apoiar a tese de que o vírus desapareceu… eu convidaria aqueles que dizem que têm certeza disso para não confundir os italianos”, disse Sandra Zampa, subsecretária do Ministério da Saúde, em comunicado.

“Em vez disso, devemos orientar os italianos a manter a máxima cautela, manter o distanciamento físico, evitar grandes grupos, lavar frequentemente as mãos e usar máscaras”, acrescentou.

Via: Reuters

Fabiana Rolfini é editor(a) no Olhar Digital