Assim como com qualquer outro grande acontecimento de preocupação mundial, o coronavírus é o mais novo refém de mensagens com informações disseminadas pelas redes sociais. Com os nove casos confirmados no Brasil, não deve demorar para que o Facebook e WhatsApp fiquem infestados com esse tipo de publicação.

O tom alarmista, como é comum nesse tipo de mensagem, faz com que muitos acreditem em seu conteúdo. Um recente exemplo disso, e que já está sendo compartilhado massivamente, é uma mensagem que destaca o uso de vitamina C e água quente para combater os sintomas da doença.

De acordo com o site Aos Fatos, não há nenhuma comprovação científica de que tais medidas tenham algum efeito sobre os sintomas do Covid-19. Além disso, eles destacam que a pessoa citada no texto, Chen Horin, não existe – pelo menos não ligada à epidemia.

Não há um objetivo específico para esse tipo de publicação. Alguns possuem links, com a clara intenção de obter dados dos usuários; outros são apenas em texto, e passam recomendações sem fundamento algum.

De qualquer forma, o Facebook e o Instagram já se comprometeram a remover qualquer informação falsa sobre a doença que for compartilhada nas plataformas. A identificação será feita por moderadores nas duas redes sociais.

Fake news

O roubo de dados é bastante comum em situações desse tipo. Eles se aproveitam do pânico causado pelo problema e fornecem links com milagrosas soluções. Além disso, empresas de vendas, como a Amazon, trabalham incansavelmente para tirar do ar anúncios que vendem produtos que prometem curar a doença.

Em alguns outros países, como a China, o combate às Fake News envolvendo o coronavírus tomou outra proporção. O país passou a prender pessoas acusadas de espalhar informações falsas sobre a doença no país. Até o momento, oito indivíduos foram detidos e mais de 40 ainda são investigados.