Por meio do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) e do Grupo Chemrar da Rússia, o país presidido por Vladimir Putin anunciou, na última quinta-feira (24), que chegou a um acordo para oferecer o Avifavir, medicamento usado para tratar a Covid-19, para o Brasil e outros 16 países. A droga, feita à base de favipiravir, foi aprovada pelo Ministério de Saúde da Rússia em 29 de maio.

Além do Brasil, África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Bulgária, Chile, Colômbia, El Salvador, Emirados Árabes Unidos, Eslováquia, Equador, Honduras, Kuwait, Panamá, Paraguai, Sérvia e Uruguai fazem parte da lista. Além destes, Bielorrússia, Bolívia, Cazaquistão, Quirguistão, Turcomenistão e Uzbequistão já receberam o medicamento anteriormente.

O órgão russo destacou que um estudo realizado pelo grupo japonês Fujifilm corroborou a eficácia dos medicamentos à base de favipiravir contra o novo coronavírus. Na última quarta-feira (23), o grupo anunciou que o Avigan, também à base do princípio ativo, reduziu o tempo de recuperação de pacientes com Covid-19 em até três dias.

ReproduçãoRússia oferece medicamento contra Covid-19 para Brasil e outros países. Foto: Fundo Russo de Investimento Direto

Na Rússia, os testes com o Avifavir mostram recuperação 30% mais rápida, além de restaurar duas vezes mais rápido o nível de saturação de oxigênio no corpo, segundo o RDIF. Para o Brasil, o medicamento ainda precisa da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O órgão não informou se a droga já está em análise.

10% dos pacientes graves criam anticorpos que pioram a doença

Um novo estudo publicado na revista Science mostra que 10,2% dos pacientes graves de Covid-19 produzem um tipo de anticorpo que piora a infecção ao boicotar o sistema imunológico. Neste caso, as células de defesa acabam neutralizando o interferon tipo 1, uma molécula necessária para disparar o alarme do organismo quando o vírus entra no corpo.

Para chegar a esse resultado, uma equipe internacional de cientistas analisou o sangue de mil pacientes com pneumonia grave resultante do coronavírus, 600 infectados assintomáticos ou com sintomas leves e 1.200 pessoas saudáveis. “Esta descoberta mudará o tratamento de alguns pacientes”, afirmou Carlos Rodríguez-Gallego, coautor da pesquisa.

Via: CNN