Pesquisadores da Alemanha estão preparando um estudo em massa para determinar quantas pessoas já estariam imunes ao novo coronavírus. A intenção é permitir que autoridades emitam os “passaportes de imunidade”, passes para que as pessoas possam ignorar as medidas restritivas e voltar à sua rotina.
O estudo ainda está em fase de financiamento e vai testar o sangue de mais de 100 mil voluntários, a procura de anticorpos contra o vírus, a partir de abril. Depois disso, os testes seriam repetidos regularmente com uma parcela da população, a fim de acompanhar o progresso da pandemia. Os resultados ajudariam na difícil decisão de quando e onde as escolas podem reabrir e quem está seguro para voltar ao trabalho.
“Aqueles que são imunes podem receber um tipo de passe de vacinação que, por exemplo, permitiria isentar-se de restrições à sua atividade”, afirmou o chefe de epidemiologia do Centro Helmholtz de Pesquisa de Infecção em Braunschweig, Gerard Krause.
Ainda não se sabe o período de imunidade de alguém que se recuperou do vírus. Alguém que contraiu o Sars, por exemplo, outro tipo de coronavírus, permanece imune por apenas um ano. Peter Openshaw, membro de um grupo consultivo do governo do Reino Unido, afirma que, na pior das hipóteses, é esperado uma resistência de cerca de 3 meses. “Mas não sabemos porque é um vírus novo”, destacou.
Não está claro, porém, qual será a efetividade dos testes propostos. É possível que ele apenas retorne positivo ou negativo para a presença de anticorpos, e não revele a extensão dessa imunidade.
Via: The Guardian
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