Atualmente, laboratórios particulares estão oferecendo a possibilidade de testes para detectar a Covid-19 de uma maneira um pouco diferente: em estilo drive-thru. De dentro do carro, os profissionais coletam as amostras sem que o paciente precise sair do veículo. Dependendo do tipo de teste e da empresa, o valor pode variar de R$ 250 a R$ 350.
São dois tipos de exame ofertados. O primeiro deles é chamado de RT-PCR e faz uma varredura no material coletado via swab nasal, em busca de resquícios genéticos do novo coronavírus nas células. Os resultados são disponibilizados em 48 horas.
Por enquanto, todos os locais exigem pedido médico para a realização deste exame. Em São Paulo, os laboratórios Fleury e Cura oferecem esse tipo de serviço; em Brasília, Salvador e Manaus, a empresa Sabin fica responsável pelo teste.
O segundo tipo é feito a partir de amostras de sangue do indivíduo. O laboratório busca a presença de anticorpos contra o vírus. Essa modalidade faz parte do que as autoridades chamam de testes rápidos – com resultados disponibilizados em até uma hora. Na capital paulista, o laboratório Cura oferece a modalidade de teste, e não exige pedido médico para realização.
Controvérsias
A falta de pedido médico pode representar um risco a mais para aqueles que desejam fazer o exame. Isso porque a interpretação dos resultados não deve ser vista como algo simples e que qualquer um pode fazer.
Para o novo coronavírus, o período para desenvolvimento de anticorpos pode ser de até 14 dias. Ou seja, se um indivíduo fizer um exame antes do período citado, o resultado pode ser negativo para infecção, justamente porque não há a presença dos anticorpos. Por esse motivo, fazer o teste sem acompanhamento médico pode ser algo bastante perigoso.
Procurado pelo site UOL, o laboratório Cura disse ter conhecimento dos riscos de oferecer testes rápidos, sem a necessidade de um pedido médico. No entanto, informa que comprou uma aquisição de dois mil testes de fornecedores confiáveis – a maioria deles do Brasil.
Devido ao momento vivido no mundo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a utilização desses testes. No entanto, como a medida foi tomada em caráter emergencial, cabe aos próprios laboratórios realizar a validação e a checagem da procedência do kit para testagem dos pacientes.
Via: UOL