Coronavírus: táxi aéreo elétrico é usado como ambulância na China

Aeronave eHang 216 está sendo usada para entregar suprimentos em hospitais do país; modelo também pode transportar pacientes
Luiz Nogueira28/02/2020 12h05, atualizada em 28/02/2020 12h38

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Para ajudar autoridades médicas da China na prestação de assistência aos pacientes diagnosticados com o coronavírus, a eHang emprestou sua aeronave elétrica eVTOL como ambulância. Ela está sendo utilizada para entrega de suprimentos em hospitais, mas também pode transportar pacientes.

O sistema da empresa conhecido como Urban Air Mobility está auxiliando efetivamente equipes médicas chinesas no combate à doença. Usando o modelo eHang 216, o governo de Hezhou conseguiu entregar suprimentos médicos em hospital local a 4 km de distância, tudo de forma autônoma – mas acompanhada por uma central de controle.

Para aguentar cargas mais pesadas, como pessoas, os veículos aéreos possuem 16 hélices independentes, com 16 motores montados em oito “braços”. Com essa configuração, a empresa informa que o eHang 216 pode levar uma carga útil de 140 kg por, no máximo, 31 quilômetros. São dois lugares disponíveis, o que permite o transporte de um paciente e de um profissional da saúde.

Foto: eHang

Caso algo dê errado durante o voo, o dispositivo possui um sistema chamado Centro de Comando e Controle, que inclui uma unidade de controle portátil, com um computador embutido, que permite assumir o comando da aeronave manualmente. Na maior parte do tempo, ela voa por rotas pré-definidas e de maneira autônoma, mas, em emergências, como desvios de rota não-intencionais, esse sistema pode ajudar a colocá-la novamente em curso.

Para navegar de maneira autônoma, a aeronave conta com diversos sensores, incluindo acelerômetros, giroscópios, bússola magnética, barômetros, sensores visuais, Sistema Global de Navegação por Satélite (GNSS) e radares de ondas milimétricas. Com esses sistemas, o eHang 216 pode tomar decisões inteligentes durante o voo – não todas, obviamente.

A ideia do uso de aeronaves que decolam e pousam verticalmente pode ser crucial em momentos como esse. Isso por conta desses dispositivos necessitarem muito menos espaço para locomoção, faz com que cheguem a locais onde muitos helicópteros não conseguiriam.

Além disso, a eficiência elétrica inerente e a menor assinatura de ruído os tornam perfeitos para ambientes urbanos. Após a utilização da tecnologia durante o surto do coronavírus, a empresa disse que vai investir na tecnologia de transporte aéreo autônoma para o atendimento médico de emergência.

Via: Electrek

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital