A União Europeia pediu para que serviços de streaming, como YouTube e Netflix, reduzissem a qualidade dos vídeos como forma de evitar o congestionamento nas redes de internet. As empresas estão acatando e podem começar a fazer o mesmo no Brasil se assim lhes for pedido, como informou nesta sexta-feira (20) a Netflix.
Em comunicado, a empresa afirmou estar monitorando a situação no Brasil para decidir se será necessário repetir a medida por aqui.
“Começamos com a Europa, dadas as preocupações relatadas pelo comissário sobre as redes europeias. Continuaremos a trabalhar com provedores de serviços de Internet e governos de todo o mundo e aplicaremos essas mudanças conforme necessário em outros lugares”, diz o comunicado enviado ao UOL.
A medida drástica poderia ajudar que a infraestrutura de rede europeia entre em colapso em um momento em que adultos e crianças alteram suas rotinas para lidar com o coronavírus. Streaming é a categoria de serviço que mais pesa nas redes, com um fluxo de consumo de dados alto e constante. A diminuição da qualidade de vídeo diminui consideravelmente a taxa de bits utilizada pela Netflix e ajuda a aliviar a carga.
Ainda não se sabe se uma medida do tipo será necessária no Brasil. Em entrevista ao Olhar Digital, Julio Sirota, gerente de infraestrutura do IX.br, ligado ao Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), explica que ainda não houve uma mudança significativa no perfil de tráfego no Brasil, e que a rede brasileira não deve sofrer congestionamento com mais brasileiros presos em suas casas.