Coronavírus: aumento de casos na Itália leva a isolamento do país

Medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas na região norte agora se estendem a todo território nacional. País já acumula mais de 460 mortes
Renato Mota09/03/2020 22h32

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O primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte anunciou que está estendendo as restrições já em vigor no norte do país para todo território nacional. Noventa e sete pessoas morreram em decorrência do novo coronavírus desde domingo na Itália, elevando seu número total de mortes para 463. O país tem 9.172 casos até agora, mais do que qualquer país europeu.

A partir de agora, a circulação de 16 milhões de pessoas entre cidades fica restrita a motivos relacionados a trabalho ou saúde. Todos os eventos esportivos – inclusive partidas de futebol – estão suspensas, enquanto reuniões públicas, tais como funerais e casamentos, estão proibidas. Escolas e faculdades estão fechadas, e bares e restaurantes só abrem depois das 18h. O transporte público, porém, continuará em funcionamento.

As medidas – as mais drásticas tomadas por um país depois da China – foram anunciadas numa entrevista coletiva na noite desta segunda-feira (9). Conte afirmou que a decisão foi tomada para proteger a população. Coordenador de cuidados intensivos da unidade de crise da região da Lombardia (no norte da Itália), Antonio Pesenti disse em entrevista à CNN que o sistema de saúde estava “a um passo do colapso”.

Pesenti descreveu ver “um tsunami de pacientes” nas unidades, acrescentando que o número de atendidos pode subir para 18 mil até o final do mês se o vírus continuasse a se espalhar. A proibição de visitas em presídios do país já causou diversas rebeliões nas unidades prisionais. Vários presos morreram nos tumultos.

Atualmente, há mais de 93 mil casos de infecção pelo coronavírus em todo o mundo, com mais de 3.100 mortes reportadas. Fora da China, os principais focos da doença são a Coreia do Sul, com 5.600 casos, a Itália, com 2.500 casos, e o Irã, com 2.300 casos. No Brasil, há três casos confirmados, todos de pacientes que viajaram recentemente para regiões de risco na Itália.

Via: CNN

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital