O primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte anunciou que está estendendo as restrições já em vigor no norte do país para todo território nacional. Noventa e sete pessoas morreram em decorrência do novo coronavírus desde domingo na Itália, elevando seu número total de mortes para 463. O país tem 9.172 casos até agora, mais do que qualquer país europeu.

A partir de agora, a circulação de 16 milhões de pessoas entre cidades fica restrita a motivos relacionados a trabalho ou saúde. Todos os eventos esportivos – inclusive partidas de futebol – estão suspensas, enquanto reuniões públicas, tais como funerais e casamentos, estão proibidas. Escolas e faculdades estão fechadas, e bares e restaurantes só abrem depois das 18h. O transporte público, porém, continuará em funcionamento.

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As medidas – as mais drásticas tomadas por um país depois da China – foram anunciadas numa entrevista coletiva na noite desta segunda-feira (9). Conte afirmou que a decisão foi tomada para proteger a população. Coordenador de cuidados intensivos da unidade de crise da região da Lombardia (no norte da Itália), Antonio Pesenti disse em entrevista à CNN que o sistema de saúde estava “a um passo do colapso”.

Pesenti descreveu ver “um tsunami de pacientes” nas unidades, acrescentando que o número de atendidos pode subir para 18 mil até o final do mês se o vírus continuasse a se espalhar. A proibição de visitas em presídios do país já causou diversas rebeliões nas unidades prisionais. Vários presos morreram nos tumultos.

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Atualmente, há mais de 93 mil casos de infecção pelo coronavírus em todo o mundo, com mais de 3.100 mortes reportadas. Fora da China, os principais focos da doença são a Coreia do Sul, com 5.600 casos, a Itália, com 2.500 casos, e o Irã, com 2.300 casos. No Brasil, há três casos confirmados, todos de pacientes que viajaram recentemente para regiões de risco na Itália.

Via: CNN