Casal é intoxicado nos EUA após se automedicar com cloroquina

Homem morreu e a mulher segue internada em estado grave; médicos desencorajam o uso do medicamento para tratamento da Covid-19
Luiz Nogueira24/03/2020 11h56, atualizada em 24/03/2020 12h42

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Com a disseminação do novo coronavírus, diversas países começaram a testar remédios com o objetivo de encontrar a cura para o vírus. O Brasil, inclusive, recebeu autorização para iniciar os testes com alguns medicamentos, entre eles está a cloroquina.

No entanto, especialistas alertam que o tratamento com a cloroquina é apenas experimental e que deve ser realizado em ambiente controlado. Além disso, o uso do remédio sem prescrição médica ou de maneira irresponsável pode causar danos irreversíveis. Esse foi o caso de um casal no estado do Arizona, nos Estados Unidos. O homem morreu e sua esposa está internada em estado grave, após ingerirem fosfato de cloroquina – substância popularmente usada para limpar aquários.

O casal, que possui por volta de 60 anos, começou a apresentar sintomas trinta minutos após a ingestão. Eles chegaram a procurar ajuda na rede de hospitais Banner Health, em Phoenix, no entanto, era tarde demais.

Automedicação perigosa

Com informações apontando que a cloroquina seria testada para a cura da Covid-19, uma corrida se iniciou até às farmácias para adquirir o medicamento. Entretanto, Daniel Brooks, diretor médico do Banner Health, diz que entende “que as pessoas estão tentando encontrar maneiras de prevenir ou tratar esse vírus, mas a automedicação não é a maneira de fazê-lo”.

“A última coisa que queremos agora é inundar nossos departamentos de emergência com pacientes que acreditam ter encontrado uma solução vaga e arriscada que poderia prejudicar sua saúde”, completa Brooks.

A maioria dos pacientes infectados pela Covid-19 exige apenas cuidados básicos, além de isolamento para evitar o risco de contaminar outras pessoas. Por esse motivo, médicos desencorajam fortemente a ideia de tomar remédios por conta própria ou acreditar em tratamentos milagrosos que prometem a cura para a doença.

Via: Banner Health

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital