Segundo atualização feita nesta sexta-feira (13) a partir de balanços divulgados pelas secretarias estaduais de Saúde e pelo Hospital Albert Einstein, o Brasil possui ao menos 151 casos confirmados do novo coronavírus. O hospital havia confirmado, na noite de quinta-feira (12), 98 infecções, sendo que, do total, 60 foram diagnosticadas em um período de apenas 24 horas.
O hospital informa que 43 deles foram notificados ao ministério, mas não divulgou se esse número faz parte do balanço publicado pelo órgão de saúde na tarde de quinta-feira (12). De qualquer forma, o número atualizado de casos confirmados – e a separação por estado – deve ser divulgado ainda hoje pelo Ministério da Saúde. Até o momento, o Brasil possui 1.422 casos suspeitos.
O novo coronavírus, que foi considerado uma pandemia, causa impactos no mundo todo. Escritórios sendo fechados, pessoas trabalhando a partir de suas residências para impedir contato humano e evitar a contaminação, além de eventos de nível mundial sendo cancelados ou adiados – muitos deles quedsubstituídos por versões online.
O mundo acompanhou grandes eventos, como o Mobile World Congress, Electronic Entertainment Expo (E3) e o Salão do Automóvel de Genebra, serem cancelados para evitar a disseminação da doença devido à aglomeração de pessoas. No Brasil, o festival de música Lollapalooza corre o risco de ser adiado pelo mesmo motivo.
No entanto, os impactos não são apenas nos setores de produção. O dólar bateu a marca história em 2020; a Bovespa, por exemplo, apresentou uma queda de 12%, apresentando a maior desvalorização diária desde 1998.
Situação na China
Apesar dos problemas enfrentados mundialmente – principalmente na Itália, onde foram contabilizadas 827 mortes em decorrência da doença – a China apresentou, pela primeira vez, um avanço.
Foi divulgado pela Comissão Nacional de Saúde da China que o país registrou nesta quinta-feira (12) somente oito novos casos de infecção pelo vírus. Essa é a primeira vez que o país, considerado o epicentro da doença, registra menos de dez casos desde que o número de pessoas que contraíram o coronavírus começou a ser divulgado.
Para tentar diminuir o número total de pacientes infectados, a China começou a testar a eficácia de 30 medicamentos no combate ao vírus. Alguns já deram resultado, fazendo com que os órgãos de saúde estejam otimistas com a progressão das pesquisas.
Entretanto, uma vacina deve estar longe de ser desenvolvida. Embora o genoma do novo coronavírus tenha sido sequenciado, o chefe dos Institutos Nacionais de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA, Anthony Fauci, disse que ela deve demorar pelo menos um ano para ficar pronta.
Esse tempo será necessário para atestar a eficácia dos componentes presentes na vacina, além de garantir que ela não representa riscos à saúde humana. De acordo com informações do site Technology Review, alguns testes de segurança duram três meses, o que pode justificar o tempo necessário para sua confecção.