Aliança quer impedir que só países ricos tenham a vacina da Covid-19

Apoiada por instituições como a Fundação Bill & Melinda Gates, OMS, Banco Mundial e Unicef, a Gavi se comprometeu a comprar milhões de doses de vacina para países pobres
Renato Mota04/06/2020 22h20

20200604073250

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Garantir que comunidades vulneráveis, que de outra forma não teriam acesso à vacina ou tratamento contra epidemias (como a do novo coronavírus), recebam doses e medicamentos que salvarão milhares de vidas. Esse é o objetivo da Aliança Global para Vacinas e Imunização, a Gavi.

A organização internacional, criada em 2000, lançou de um “compromisso antecipado de mercado” para futuras vacinas da Covid-19, para ajudar a garantir acesso aos países mais pobres. Uma dessas iniciativas foi anunciada nesta quinta-feira (4): o acordo com a farmacêutica britânica AstraZeneca para fornecimento 300 milhões de doses da vacina que tem previsão de disponibilidade para fim do ano.

A ideia da Gavi é incentivar os fabricantes de vacinas a investirem em capacidade de produção em larga escala, antes mesmo que os testes demonstrem se elas funcionam, afirmou o CEO da Gavi, Seth Berkley. Em troca, a organização se compromete a comprar grandes quantidades de vacinas a preços previamente combinados, garantindo que as primeiras doses não sejam imediatamente esgotadas pelos países ricos.

Reprodução

Um profissional de saúde administra a vacina oral contra a poliomielite em Papua Nova Guiné. Imagem: Gavi/Divulgação

Para o acordo com a AstraZeneca, a Gavi, em parceria com outra organização, a Cepi (Coalition for Epidemic Preparedness Innovations), recebeu US$ 750 milhões de instituições como a Fundação Bill & Melinda Gates, Organização Mundial da Saúde, Banco Mundial, Unicef e outros.

“A preocupação que temos é que, a menos que aumentemos drasticamente a produção no momento e façamos isso correndo um alto risco, quando as vacinas estiverem disponíveis, elas só poderão ser compradas por países ricos”, disse Berkley.

Via: Reuters

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital