No Japão, a revenda de máscaras por preços mais altos se tornará crime a partir de 15 de março. Quem for pego tentando lucrar em meio à crescente demanda por conta do coronavírus, vai enfrentar pena de até um ano de prisão ou multa de um milhão de ienes (cerca de R$ 45 mil). Em alguns casos, ambas as punições serão aplicadas.
A nova lei tem como objetivo impedir que pessoas mal-intencionadas tirem proveito da atual situação em que o país se encontra, com a escassez de máscaras se tornando um problema presente.
De acordo a uma autoridade do Ministério do Comércio, revender os itens de proteção pelo mesmo preço adquirido ou até mais barato ainda é permitido. Ele enfatiza que a regulamentação não se destina às pessoas que desejam distribuir as máscaras para amigos e familiares.
Embora outros produtos, como desinfetantes de mãos e fraldas, possam ser adicionados posteriormente, se necessário. O governo planeja suspender a lei assim que a demanda por esse tipo de item se normalizar.
Para evitar esse tipo de comércio que explora os cidadãos, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, prometeu aumentar o fornecimento de máscaras do país para 600 milhões por mês, com foco especial em instalações destinadas aos cuidados de pacientes infectados.
Atualmente, os fabricantes de máscaras lutam para atender o aumento repentino da demanda por esse tipo de proteção. Enquanto isso não ocorre, os habitantes do país encontram prateleiras vazias em farmácias e supermercados. Até o fim da ameaça do novo coronavírus, essa cena deve ser vista muitas vezes.
Aproveitando-se do pânico
Com o surgimento da doença, muitas pessoas viram uma oportunidade de lucro. As máscaras disponíveis no mercado sumiram rapidamente. A partir disso, foi bastante comum encontrar pessoas leiloando caixas do item de proteção em sites famosos no Japão, como Rakuten e Mercari.
Um exemplo claro disso aconteceu na província de Shizuoka. Um político da região se desculpou após ganhar 8,9 milhões de ienes (cerca de R$ 395 mil) apenas leiloando máscaras online. Estima-se que ele vendeu os pacotes de máscara por valores entre 30 mil e 170 mil ienes (cerca de R$ 1.300 e R$ 8 mil, respectivamente).
Via: Japan Times