Empresa incubada na USP cria aparelho de teste rápido da Covid-19

O Graph Covid-19 é portátil o suficiente para ser levado para postos do SUS, unidades de saúde, regiões remotas e até pontos de controle de portos e aeroportos
Renato Mota06/11/2020 21h26

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Pesquisadores brasileiros desenvolveram um dispositivo portátil capaz de detectar o Sars-Cov-2 rapidamente a partir de uma gota de sangue. O Graph Covid-19 foi desenvolvido na Biosintesis, empresa de pesquisa, desenvolvimento e inovação, e residente na Incubadora USP/IPEN-Cietec.

O aparelho usa a plataforma de Diagnostic On a Chip (DoC), e usa biossensores com nanocompósitos de óxido de grafeno, que lhe permite realizar a análise com um baixo volume de amostra biológica. O equipamento ainda dispensa o uso de laboratórios de biossegurança e não precisa de mão de obra especializada – além de ser 25% mais barato que os métodos atuais.

“Esta tecnologia traz benefícios significativos em relação a metodologias analíticas convencionais, tais como rapidez, alta sensibilidade e especificidade. Sua portabilidade permite diagnosticar o Sars-Cov-2 em qualquer local: postos do SUS, unidades de saúde, drive-thru, regiões remotas e até no controle de portos e aeroportos”, explica a sócia-fundadora da Biosintesis, Fabiana Medeiros.

Biosintesis/Divulgação

Diagrama de funcionamento do Graph Covid-19. Imagem: Biosintesis/Divulgação

Com produção nacional, o Graph Covid-19 pode ser configurado para detectar e monitorar diversas doenças. “Os biossensores, quando aplicados em saúde, podem também detectar os diferentes tipos de biomarcadores prognósticos e diagnósticos associados ao câncer, diabete, Alzheimer, infecções virais (zika, dengue, chikungunya etc.) e bacterianas”, completa a pesquisadora.

A ideia da empresa é oferecer o aparelho para hospitais e postos de saúde. “Negociações com as esferas municipal, estadual e federal são um dos principais focos do projeto”, explica Fabiana. A Biosintesis está atualmente trabalhando na validação de diagnóstico do Sars-Cov-2. “Esperamos ter resultados mais robustos no primeiro trimestre de 2021 e, naturalmente, o SUS será o principal foco de atuação desta tecnologia”.

Via: Jornal da USP

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital