A vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford induziu “uma forte resposta imunológica” entre voluntários idosos e adultos mais jovens no Reino Unido, como informou o Financial Times nesta segunda-feira (26). Os resultados referem-se à segunda etapa de ensaios clínicos com a substância.

A fase dois levou em consideração os efeitos da vacina em duas faixas etárias: idosos de 70 anos ou mais e pessoas de 56 a 69 anos. De acordo com o laboratório AstraZeneca, parceiro na produção da substância, a resposta imune foi semelhante entre os dois grupos, e a taxa de reações adversas foi menor entre os idosos. 

À Reuters, um porta-voz do laboratório classificou os resultados como “encorajadores”. Ele sublinhou que a gravidade da doença é maior entre pacientes mais velhos, já que o sistema imunológico enfraquece com a idade. Por esse motivo, é especialmente animador que os efeitos adversos tenham ocorrido com menor frequência neste grupo. 

Os resultados da segunda fase são preliminares e devem ser publicados em um periódico científico, em breve. Anteriormente, a substância já havia demonstrado segurança e capacidade de induzir resposta imune em voluntários mais jovens, de 18 a 55 anos. 

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Reino Unido planeja iniciar vacinação no primeiro semestre de 2021. Imagem: Pexels

 

Vacina de Oxford

Atualmente, a substância passa pela terceira e última etapa de ensaios clínicos com milhares de voluntários em vários países, incluindo o Brasil

Na semana passada, um jovem brasileiro que participava dos ensaios com a vacina morreu de Covid-19. Depois de analisar o caso, a AstraZeneca concluiu que era seguro prosseguir com os testes, já que o voluntário não fazia parte do grupo que recebeu a candidata a vacina de fato, mas sim um placebo

A expectativa é que a vacina de Oxford seja uma das primeiras a conseguir aprovação regulatória, e o Reino Unido já se prepara para uma possível aplicação no ano que vem.

O secretário de Saúde britânico, Matt Hancock, afirmou recentemente à BBC que espera iniciar o cronograma de vacinação no primeiro semestre de 2021, e que não descarta imunizar algumas pessoas ainda este ano, embora este não seja o cenário provável.

Via: Reuters