Até junho de 2021, a SK Bioscience, farmacêutica sul-coreana, poderá produzir 200 milhões de vacinas contra o novo coronavírus. A confirmação foi feita por Bill Gates, cofundador da Microsoft e apoiador da empresa, em carta enviada a Moon Jae-in, presidente da Coreia do Sul.

Segundo o site Bloomberg, o principal objetivo de Gates é o de cooperar estritamente com o país na produção da vacina. Para comprovar isso, a fundação do bilionário doou US$ 3,6 milhões à SK Bioscience para acelerar o processo de desenvolvimento da imunização contra a Covid-19.

O empresário disse que esses esforços visam garantir que fábricas em todo o mundo tenham a capacidade de produzir a vacina quando estiver disponível – e que não fiquem para trás em relação aos Estados Unidos nessa questão.

publicidade

Reprodução

Empresa sul-coreana poderá produzir 200 milhões de doses da vacina até ano que vem. Foto: Rodrigo Nunes/MS

Atualmente, além de trabalhar em suas próprias candidatas, a empresa é uma das contratadas pela AstraZeneca para produzir a vacina desenvolvida pela universidade de Oxford – e que é uma das candidatas que está mais avançada nos testes.

Centenas de imunizações contra a doença estão sendo desenvolvidas atualmente em todo o mundo. Algumas delas, como a de Oxford e duas da China, estão nos estágios finais, aumentando a esperança de que possa estar disponível antes do fim deste ano.

Situação do Brasil

Por aqui, também há um acordo para produção da vacina desenvolvida por Oxford. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a previsão é de que, se os testes caminharem bem, é possível ter 100 milhões de doses disponíveis para brasileiros no início de 2021.

A fundação faz parte do acordo para produção nacional das vacinas e já está preparando a fábrica de Bio-Manguinhos, no Rio de Janeiro, para iniciar a produção o mais rápido possível em caso de sucesso nos ensaios clínicos.

Como relata o G1, enquanto os resultados não saem, o maquinário e os insumos necessários para a produção estão sendo preparados para acelerar a produção quando ela for possível.

“Nós receberemos a vacina congelada, ela vai passar por um processo de descongelamento de 2 a 3 dias. Uma vez que esteja na fase líquida, é transferida para um tanque em aço inox para ser envazada, rotulada e embalada”, explica Luiz Lima, vice-diretor de produção na Bio-Manguinhos.

O acordo prevê que, em dezembro deste ano, a Fiocruz receberá o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) suficiente para produzir 15,2 milhões de doses da vacina. Já em janeiro, um novo carregamento permitiria a produção de mais 15,2 milhões, totalizando 30,4 milhões de doses até o fim de janeiro.

Via: Bloomberg