Covid-19: 83% dos países mais afetados adotaram lockdown, diz pesquisa

Levantamento também aponta que outros 13% optaram pelo isolamento vertical como medida de combate à doença
Luiz Nogueira18/05/2020 16h59, atualizada em 18/05/2020 17h55

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Um levantamento feito com base no Mapa Covid-19, da Fundação Getúlio Vargas, aponta que, dos 24 países mais afetados pela pandemia, 20 deles, cerca de 83%, adotaram o chamado lockdown como medida de combate à doença. Além disso, três deles (13%) optaram pelo isolamento vertical a fim de combater o aumento dos casos de Covid-19.

Para chegar ao resultado, foram analisados dados da África do Sul; Alemanha; Argentina; Austrália; Canadá; China; Colômbia; Coreia do Sul; Espanha; Estados Unidos; França; Índia; Israel; Irã; Itália; Japão; Líbano; México; Nova Zelândia; Reino Unido; Rússia; Singapura; Suécia e Turquia.

O Brasil ficou de fora da análise, mas suas informações devem ser consideradas na próxima fase do projeto. Por aqui, o lockdown foi adotado, mas não se estende para o país todo. A medida, que é decretada pelo poder público, foi implementada em São Luís e outras três cidades do Maranhão; mais de 30 cidades do Tocantins; Belém e outras 16 cidades do Pará; bem como em quatro cidades do interior do Amazonas.

Em São Paulo, o governador João Doria declarou que o protocolo para adoção da medida já está pronto, mas que não deve ser implementado por enquanto. O político vai tentar diminuir o número de casos apenas com as medidas de isolamento adotadas.

Investimento em ciência

Reprodução

Países investem na ciência para confecção de uma vacina. Foto: Getty Images

Segundo o levantamento, 92% dos países estudados transferiram recursos para incentivo à ciência e pesquisa no combate à doença. Dentre as medidas adotadas estão a alocação de recursos públicos em pesquisa científica ou produção de bens voltados para o enfrentamento da pandemia.

A atitude foi tomada na África do Sul; Alemanha; Argentina; Austrália; Canadá; China; Colômbia; Coreia do Sul; Espanha; Estados Unidos; França; Índia; Irã; Israel; Itália; Japão; México; Reino Unido; Singapura; Suécia e Turquia.

Apoio econômico

Em 96% dos países, houve apoio financeiro às empresas. Para isso, foram abertas linhas de crédito ou financiamento, além de concessão de moratória. Em 88% das localidades revisadas, os trabalhadores e indivíduos necessitados estão recebendo algum tipo de auxílio em dinheiro.

Por fim, 79% dos países apresentam medidas de redução ou alteração de tributos.

Além das medidas adotadas pelos países para combater a doença, os pesquisadores apontaram algumas providências bastante interessantes tomadas por eles:

  • Argentina: com o uso do aplicativo CoTrack, os moradores do país podem identificar as zonas com maior incidência de casos da Covid-19. Com isso, é possível evitar tais áreas;
  • Colômbia: universidades se mobilizaram para construir protótipos de respiradores para os doentes internados, além de se oferecerem para fazer exames de detecção da doença;
  • Coreia do Sul: todo cidadão que desembarca no aeroporto vindo de países da Europa e Estados Unidos deve baixar o aplicativo “self-quarantine safety protection” que faz o monitoramento via GPS durante o período de duas semanas;
  • Espanha: a Igreja de Santa Fé doou 1 milhão de euros para ações de compra de equipamentos médicos e alimentos destinados para pessoas em situação vulnerável;
  • Índia: o Instituto Serum está produzindo medicamentos para auxiliar na pesquisa de uma vacina contra a doença. O país também colabora com laboratórios norte-americanos em pesquisa e desenvolvimento de remédios e vacinas;
  • Irã: país possui números impressionantes de produção de testes para exportação. De acordo com autoridades de saúde, está previsto a confecção de oitenta mil kits de testagem por semana.

Via: G1

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital