Coronavírus sobrevive por até 3 dias em superfícies de plástico

Nova pesquisa ainda observou que o SARS-CoV-2 pode ficar ativo por até 48 horas em superfícies de aço e 24 horas sobre o papelão
Renato Mota19/03/2020 13h32

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Um estudo publicado esta semana reforça a importância de se lavar as mãos com frequência, e evitar contato com olhos, nariz e boca, uma vez que o SARS-CoV-2, vírus que causa a Covid-19, pode sobreviver por longos períodos de tempo na superfície de objetos. O novo coronavírus consegue ficar por até três dias em eletrônicos feitos de plástico, como teclado ou mouse, e 24 horas em papelão.

Conduzido por pesquisadores do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), o estudo – publicado no New England Journal of Medicine – confirma que a cepa do novo coronavírus pode se espalhar por superfícies de diferentes materiais. Limpar regularmente seus aparelhos eletrônicos e lavar bem as mãos depois de abrir qualquer embalagem de papelão são algumas das recomendações.

Outros materiais testados pela equipe foram o aço (de corrimãos e maçanetas), no qual o vírus sobrevive por até 48 horas e no cobre (das moedas), por até quatro horas. Os experimentos foram conduzidos à temperatura de 21 a 23 graus Celsius, em 40% de umidade relativa. Em entrevista ao PCMag, os médicos disseram que o vírus possivelmente morre mais rápido em ambientes mais quentes e na presença da luz solar.

A pesquisa também testou a resistência do vírus no ar. Injetado em um spray aerossol e disparado em um tambor rotativo, o SARS-CoV-2 sobreviveu por três horas. Os cientistas, porém, afirmam que isso não significa que possa haver contaminação pelo ar. O contágio acontece com mais frequência quando uma pessoa infectada espirra ou tosse, criando “gotículas respiratórias”, que pousarão rapidamente em superfícies ou pessoas próximas.

O vidro, componente das telas dos smartphones, no qual todos nós temos contato direto várias vezes ao dia, levando inclusive ao rosto, não foi testado nessa pesquisa. Entretanto, em estudos sobre coronavírus anteriores, pesquisadores observaram que os vírus da mesma família podem sobreviver entre quatro e cinco dias nesse tipo de material.

Via: PCMag

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital