Nesta quinta-feira (13), Lei Jun, CEO da Xiaomi, declarou, durante o evento de lançamento da linha de aparelhos MI 10, que a empresa espera um impacto nas vendas do primeiro trimestre devido à interrupção de produção causada pelo surto de coronavírus.
“As vendas de smartphones no primeiro trimestre deste ano enfrentarão um impacto, mas acreditamos que no segundo e terceiro trimestre elas reagirão”, disse Lei sobre o impacto causado pelo coronavírus.
Durante uma sessão de perguntas e respostas, feita totalmente online – assim como o evento -, Lei disse que, embora as capacidades de estoque da empresa sejam suficientes, as entregas nas próximas duas semanas devem ser afetadas, já que muitas fábricas na China não voltaram às atividades em 10 de fevereiro, como era previsto.
“Esperamos que nossos fãs possam entender e que as pessoas não nos repreendam”, disse o CEO. Ele acrescentou que gerenciar a cadeia de suprimentos da Xiaomi é a tarefa mais difícil que a empresa enfrenta no momento.
No início do evento, Lei, nativo da província de Hubei, epicentro do coronavírus, vestia uma máscara para mostrar apoio aos esforços para combater a crise de saúde. “Sou de Hubei e passei quatro anos em Wuhan na faculdade, então tenho muitos sentimentos pela região”, disse.
Fábricas e fornecedores em grande parte da China suspenderam a produção enquanto o país luta contra o vírus. Embora as restrições de viagens tenham sido atenuadas em algumas áreas, os trabalhadores ainda estão com problemas para voltar ao trabalho.
Especialistas apontam que a China deve enfrentar problemas com as entregas de smartphones no primeiro trimestre, ocasionando uma queda de 40% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Empresas como a Xiaomi, Huawei e Oppo tinham planos para aumentar as vendas de aparelhos em 2020 com o lançamento de dispositivos habilitados para o 5G. No entanto, os problemas de saúde enfrentados pelo país afetaram diretamente essa questão.
Via: Reuters