Coronavírus: 24% de fabricantes de eletroeletrônicos paralisam

Chegada da pandemia ao Brasil tem mais impacto no setor do que a falta de insumos que vinham da China
Redação27/03/2020 20h19, atualizada em 27/03/2020 21h00

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Uma sondagem feita pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), entre os dias 23 e 25 de março, mostrou que 24% das fábricas do setor tiveram suas linhas de produção parcial ou totalmente paralisadas.

O levantamento com 60 empresas teve a intenção de medir o impacto da pandemia de coronavírus na produção de eletroeletrônicos – e o resultado é significativo.

Das 24% que estão com a produção comprometida, 42% relataram parada total e 58% parcial. Na sondagem anterior, feita em 6 de março, apenas 6% das fábricas declararam algum tipo de interrupção (fosse ela parcial ou total).

O aumento do número pode estar relacionado a chegada definitiva da pandemia ao Brasil. Antes, o motivo pelo qual algumas empresas travaram suas linhas de produção estava ligado à falta de insumos e componentes importados da China.

“A nova pesquisa indica que o maior problema agora não é mais o fornecimento de insumos da China, mas a chegada do coronavírus ao Brasil, que obrigou as empresas a adotarem medidas de prevenção, afetando assim a produção local”, explicou Humberto Barbato, presidente da Abinee.

Ainda neste novo cenário, cresceu de 21% para 30% o total de fábricas que não devem atingir a produção prevista para o primeiro trimestre de 2020, ficando, em média, 34% abaixo da meta projetada. Menos da metade (43%) acreditam que ainda conseguirão atuar como o previsto.

O levantamento mostrou, também, quais estão sendo as medidas de proteção que as empresas estão implementando para conter a disseminação do vírus. Enquanto 33% adotaram home office total, 53% optaram pelo regime parcial e 14% continuam pedindo para que seus funcionários ainda saiam de casa.

Nas empresas em que os trabalhos são majoritariamente ligados à produção, 78% das fábricas estão adotando medidas para diminuir o fluxo de pessoas, entre as quais estão rodízio de funcionários (26%), antecipação de férias (26%), férias coletivas (15%), jornada reduzida (9%), entre outras (24%).

Os 22% que não reduziram o fluxo de funcionários disseram estar tomando outras precauções, como higienização adequada, maior espaçamento entre as pessoas e medidas educativas sobre o vírus.

Via: TeleSíntese

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital