Como o coronavírus afeta as maiores empresas de tecnologia do mundo

Empresas precisaram tomar ações para não agravar a propagação do vírus e proteger funcionários
Renato Santino31/01/2020 01h12

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O coronavírus é uma emergência global de saúde pública, conforme declarou nesta quinta-feira (30) a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os reflexos da disseminação do vírus devem ser globais, mas o impacto imediato tem sido sentido na China, que concentra a maior parte dos casos confirmados até o momento. Como efeito colateral, empresas de tecnologia que têm atividades no país estão tendo que lidar com múltiplos problemas relacionados à doença.

A Apple é uma destas companhias. A empresa tem lidado com rumores de que a produção de componentes e iPhones seriam afetadas negativamente pelo vírus. Tim Cook tentou afirmar que tem planos para mitigar potenciais problemas com os fornecedores de Wuhan, cidade que é o epicentro do coronavírus. No entanto, a empresa não revelou detalhes sobre o que faria em relação à produção em outras áreas da China. Além disso, o feriado do Ano-Novo Lunar foi estendido pelo governo chinês entre o fim de janeiro e 10 de fevereiro, o que também impacta a produção.

A companhia também precisou encarar o problema com o fechamento de suas lojas. Ao menos três unidades, em Qingdao, Fuzhou e Nanjing tiveram seu funcionamento alterado, e outras lojas parceiras também precisaram fechar como forma de prevenção contra o contágio.

Enquanto isso, o Google precisou lidar com seus próprios problemas. A companhia decidiu fechar de forma temporária seus escritórios na China para diminuir o contato humano e evitar a propagação do vírus entre seus funcionários, incluindo as filiais da China, Hong Kong e Taiwan. Como orientação geral, os empregados da companhia na China trabalharão em home-office por 14 dias; isso também vale para aqueles que tem familiares retornando de viagem da China.

Já no caso da Amazon, a companhia definiu impor um veto para viagens de negócios para a China, a não ser que seja por um motivo crítico. A companhia também definiu que funcionários que tenham voltado ou que estejam para voltar de viagem a uma província chinesa afetada pelo coronavírus devem trabalhar de casa por 14 dias. Caso eles apresentem os sintomas da doença, os funcionários devem se consultar com um médico antes de retornar ao trabalho normal.

A Microsoft também precisou implementar medidas de contenção ao vírus. A companhia determinou que seus funcionários em território chinês cancelem todas as viagens não-essenciais de negócios até 9 de fevereiro. Da mesma forma, empregados de outras regiões foram orientados a evitar idas à China. A companhia também decidiu doar cerca de R$ 600 mil à Cruz Vermelha da província de Hubei para apoiar no tratamento e atendimento aos infectados pelo vírus em Wuhan e áreas próximas.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital